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Conheça os processos de corte utilizados na indústria

O corte de chapas metálicas e não metálicas é parte essencial dos projetos e produção de peças em diferentes indústrias e para finalidades variadas.

Preparamos esse conteúdo especial, que compreende os principais tipos de corte e os segmentos que mais utilizam as máquinas, os equipamentos e os processos para cada demanda da indústria.

Confira!

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Tipos de corte

Entre as características que uma máquina de corte deve ter, as principais são: precisão, velocidade, versatilidade, qualidade do corte, controle preciso, economia de energia, sistema inovador e manutenção simplificada.

Já os tipos de corte contemplados pela indústria, de acordo com Juliano Tremea, Engenheiro de vendas do Grupo Alltech, apresentam particularidades.

Para ele, é fundamental conhecermos cada processo, uma vez que toda informação é válida para possibilitar a identificação do tipo mais indicado e para qual operação. Os principais são:

1. Corte por serra

Esse método utiliza uma serra rotativa ou alternativa para cortar materiais como madeira, metal, plástico, etc. Julianos explica que “existem vários tipos de serras, incluindo as circulares, de fita e de corte abrasivo”.

2. Corte por laser

Por sua vez, esse corte funciona por meio de um feixe de laser concentrado para derreter, queimar e vaporizar o material a ser cortado. O resultado é um corte limpo e preciso. “Esse método é comumente usado em metais, plásticos, tecidos, entre outros materiais”, destaca o engenheiro.

3. Corte por Jato D’água

Este processo, em especial, utiliza um jato d‘água de alta pressão e velocidade, capaz de cortar uma ampla gama de materiais. Entre eles, metais, vidros, pedras, cerâmicas e compostos de fibras. “O corte por jato d’água é conhecido por sua capacidade de cortar materiais sem causar distorção térmica”.

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4. Corte a plasma     

O corte a plasma utiliza um arco elétrico ionizado, que derrete e corta metais condutores, tais como aço, alumínio e cobre. Conforme Juliano, esse método é rápido e eficiente para cortar materiais de espessuras consideravelmente grandes.

5. Corte por fresa

Esse tipo de corte é mais comum em processos de usinagem. Nele, uma fresa rotativa é responsável por remover o material de uma peça de trabalho. O corte por fresa é usado, principalmente, em metais. “Mas pode também ser aplicado em plásticos e madeira”, completa Juliano.

Entenda: AGV: Entenda Tudo Sobre o Que é Automated Guide Vehicle e Como Funciona

6. Corte por Guilhotina

Já a guilhotina é uma máquina indicada para cortar materiais em folhas ou tiras. Normalmente, esse processo é usado para o corte de chapas metálicas, papel, plástico e tecidos.

7. Corte por punção

E o corte por punção é um método escolhido, principalmente, para quando o trabalho em si envolve o corte de chapas metálicas finas. Neste caso, uma ferramenta chamada punção é pressionada através do material que será cortado. Muitas vezes, isso acontece em conjunto com uma matriz para resultar no formato desejado.

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As principais indústrias que utilizam processos de corte

Juliano ressalta que a indústria automotiva é uma das que mais demandam serviços de corte. “Na fabricação de veículos, as máquinas de corte são utilizadas para cortar chapas de metal, componentes de plástico, tecidos, entre outros materiais para a produção de carrocerias, peças internas e componentes”.

Enquanto isso, a indústria metalúrgica utiliza os processos de corte para chapas, tubos e outros materiais metálicos em formatos específicos.

A metalurgia em geral emprega tanto para a produção de peças quanto para os processos de soldagem e fabricação de estruturas metálicas.

Por sua vez, a indústria de construção adquire máquinas de corte para materiais como concreto, pedra, cerâmica e também o metal. “Elas são usadas na fabricação de estruturas, na preparação de superfícies e em processos de acabamento”, reitera o engenheiro da Alltech.

Outro segmento que faz uso do corte é o de tecnologia eletrônica. Os processos de corte são úteis para a produção de componentes eletrônicos, como as placas de circuito impresso (PCBs). “Neste caso, as máquinas de corte são usadas para cortar e moldar materiais como plástico, fibra de vidro e cobre”.

Por fim, Juliano cita que a indústria têxtil também é usuária das máquinas e processos de corte destacados neste conteúdo. “São amplamente utilizados para o corte de tecidos em formatos específicos, na produção de roupas, estofados, etc”.

Agora que você conheceu os tipos de corte utilizados na indústria, descubra os tipos de torneamento.

FEIMEC 2024 é destaque na imprensa internacional

A FEIMEC (Feira Internacional de Máquinas e Equipamentos) completou sua quarta edição em maio deste ano.

Como reportado em A Voz da Indústria, um grupo de jornalistas do exterior foi convidado para acompanhar o evento, como parte do Projeto Imagem, do programa Brazilian Machinery Solutions (parceria da ABIMAQ com a Apex Brasil).

O projeto visa a construir e consolidar a imagem do Brasil como parceiro global, inovador e promotor de soluções industriais nos mercados-alvo.

Damon Crawford, jornalista e editor online do portal Metalworking News, da África do Sul, relatou sua experiência na FEIMEC e os principais destaques do evento.

Acompanhe o resumo!

FEIMEC confirma seu posto como maior evento industrial na América Latina

Segundo Damon, a FEIMEC 2024 superou todas expectativas e reafirmou que o setor de máquinas e equipamentos no Brasil está focado em negócios.

A matéria começa destacando a cidade de São Paulo, com seus mais de 12 milhões de habitantes, como o centro industrial do Brasil. O pavilhão São Paulo Expo recebeu a quarta edição da FEIMEC entre os dias 7 e 11 de maio.

Esta edição do evento contou com mais de 1.100 marcas expositoras, do Brasil e de mais 37 países, em 80 mil m². Mais de 65 mil visitantes participaram da FEIMEC 2024.

Jornalistas foram recebidos pela ABIMAQ

O tour guiado internacional pela FEIMEC foi promovido por Manuel Niggli, consultor internacional na Informa Markets. Os jornalistas convidados puderam conhecer detalhes da história do evento, a lógica de layout dos estandes, e os objetivos e metas da FEIMEC.

No estande da ABIMAQ (Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos), que está por trás da iniciativa da feira, os jornalistas foram recebidos por porta-vozes da associação.

Sobre o próprio Projeto Imagem, Patrícia Gomes, Diretora Executiva de Mercado Externo, destacou: “A presença de jornalistas de veículos especializados do México, África do Sul e Estados Unidos reforça a importância da tecnologia desenvolvida por nossas empresas e o impacto do nosso trabalho, que busca o reconhecimento do setor em diferentes países".

E também acrescentou: “A FEIMEC 2024 se mostrou uma plataforma essencial para que profissionais do Brasil e do exterior se mantenham atualizados nesse cenário em evolução, tornando-se a feira mais importante do Brasil e da América Latina para o setor”.

Já o presidente executivo da ABIMAQ, José Velloso, comentou em seu discurso de abertura do evento: “Em 2023, exportamos US$ 14,5 bilhões em máquinas. O caminho para melhorar ainda mais a produtividade e a competitividade da indústria é modernizar, e aqui é possível encontrar a Indústria 4.0, equipamentos para automação, machine learning, máquinas 'conversando' com máquinas, ou seja, toda a tecnologia de ponta utilizada em diversas indústrias".

A reportagem de Damon também cobriu as atrações de conteúdo na FEIMEC, com destaque para o Demonstrador da Indústria 4.0, um estande da própria ABIMAQ, sendo um “showcase de como as tecnologias se unem para criar um ambiente de manufatura inteligente”.

Saiba mais sobre o Demonstrador na FEIMEC 2024

Cenário da indústria no Brasil

A reportagem é complementada com informações sobre o panorama econômico do país, inclusive comparando alguns pontos com o cenário da África do Sul.

“Não há dúvida de que os brasileiros estão ansiosos para melhorar ainda mais sua reputação e participação de mercado na indústria de máquinas e equipamento. Com o pós-pandemia e após um período em que a nação sofreu alguma instabilidade política, o entusiasmo de cada pessoa com quem o Metalworking News falou era palpável.”

Damon destaca que as indústrias de saúde, embalagens e alimentos e bebidas foram as grandes impulsionadoras para a atual retomada do setor.

Com entrevista de Rogério Bosco, presidente da Câmara Setorial de Máquinas-Ferramenta e Sistemas Integrados de Manufatura (CSMF) na ABIMAQ, o texto ainda cobriu questões em destaque para a indústria nacional, incluindo reforma tributária, competitividade, investimentos e adoção das tecnologias da Indústria 4.0.

FEIMEC 2026

Concluindo sua cobertura, a Metalworking News reforçou a realização da próxima edição da FEIMEC.

Novamente no São Paulo Expo, de 5 a 9 de maio de 2026. Mais informações no site oficial: www.feimec.com.br

AGV: Entenda Tudo Sobre o Que é Automated Guide Vehicle e Como Funciona

Descubra o que são os AGVs Automated Guided Vehicle.png

O AGV (Automated Guided Vehicle) é um tipo de robô autônomo que serve como solução para lidar com problemas de gerenciamento de armazéns ou com o fluxo de materiais e produtos de uma indústria.

Trata-se de uma forma moderna, econômica e segura de gerir a distribuição no ambiente de produção com o escalonamento, por exemplo, da automação flexível.

Quer aprender mais sobre essa ferramenta? Então continue com a gente!

Leia mais: Competitividade na indústria: o que significa e como alcançar?

O que são AGVs?

Os AGVs são veículos guiados de forma automática utilizados para transportar cargas e materiais em armazéns, indústrias ou outros centros de distribuição

O uso desses veículos aumenta a eficiência da gestão de estoques, uma vez que agilizam esse transporte de cargas internamente, além de terem a vantagem de não cansarem nem pararem para a famigerada hora do cafezinho.

Mas o que significa a sigla AGV?

AGV é uma sigla para Automated Guided Vehicle, traduzindo, veículo guiado automatizado.

Saiba mais: Como as startups funcionam?

Como os AGVs funcionam?

Os AGVs, resumidamente, são robôs móveis que se deslocam de forma automática, se guiando por linhas ou fios marcados no chão. Perceba que eles não montam seu trajeto de forma autônoma, mas seguem aquele pré-determinado por essas marcações.

O seu deslocamento também pode ser orientado por ondas de rádio, câmeras, ímãs e até mesmo lasers, enquanto o sistema é dirigido por um software e abastecido por baterias.

Vale ressaltar que alguns modelos também podem ser integrados com sistemas de gerenciamento de gestão (WMS), que passam até mesmo a emitir ondas de movimentação para guiar os AGVs.

Esses veículos também podem ser usados para carregar cargas de pequeno a até grande porte, agilizando consideravelmente a organização do seu estoque ou indústria.

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É possível monitorar ou controlar os AGVs?

O monitoramento das atividades dos AGVs é feito por 3 recursos principais, são eles:

  • painel localizador;
  • display gráfico colorido;
  • central de registros e relatórios.

O painel localizador fornece informações sobre onde o veículo está, indicando, por exemplo, se ele está parado a muito tempo em uma mesma área. Já o display colorido, indica em tempo real a localização do robô, além de informar suas condições, identificação é até nível de bateria.

Por fim, a central de registros armazena um histórico de dados sobre tudo do veículo, ajudando na sua manutenção e suporte técnico.

Saiba mais: Capacitação para liderança: quais habilidades desenvolver?

Como surgiram os AGVs?

O primeiro veículo guiado automatizado foi lançado na década de 1950 pela empresa Barrett Electronics. Os AGVs foram desenvolvidos com a intenção de substituir os pilotos de transporte industrial, por meio de softwares que conseguissem entender e executar as rotas programadas.

O primeiro AGV lançado pela Barrett se tratava justamente de um rebocador, que se guiava por um fio no chão, e não um trilho. A partir desse primeiro modelo, novas versões foram sendo desenvolvidas, chegando até robôs que utilizavam marcadores UV invisíveis no chão para se guiar.

Onde os AGVs podem ser aplicados?

Os AGVs tem seu uso focado na logística industrial. De forma geral, eles costumam ser aplicados no transporte de materiais, deslocamento de contêineres ou palets, distribuição de produtos ou colote de pedidos.

Eles costumam ser especialmente úteis em armazéns, onde existem muitas tarefas repetitivas para levar produtos de um local ao outro, ou até mesmo onde a segurança e a eficiência do transporte dos materiais são críticas.

Outros exemplos de aplicações dos AGVs são:

  • Transporte na produção;
  • Carregamento e descarregamento de materiais;
  • Separação e expedição de cargas;
  • Deslocamento entre estações de trabalho;
  • Recebimento de cargas.

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Por que os AGVs são tão importantes para a indústria?

O uso dos AGVs na indústria otimiza custo, mão de obra, espaço e equipamentos, aumentando a eficiência dos processos e o faturamento.

A tecnologia aplicada aos AGVs sugere que esses veículos sigam uma linha de marcação ou fios, utilizando ondas de rádio, imãs ou lasers para a navegação. Ou seja, os AGVs seguem rotas pré-definidas, sempre com uma infraestrutura física necessária para a circulação.

Segundo Samuel Luiz Bim, Gerente de Engenharia da Selettra, diversos pontos podem ser destacados para explicar a importância dos AGVs dentro do espectro industrial.

Ele ressalta desde melhorias na segurança e ergonomia de processos até a redução de investimentos em infraestrutura dedicada.

“Os custos de implantação são muito reduzidos e, de fato, não só a logística é atendida, mas também o contexto produtivo, tendo em vista que os veículos podem tornar-se a linha de produção de montagem”, explica.

Tem também a questão da segurança, pois muitos processos podem oferecer certos riscos ao profissional envolvido no respectivo trabalho. “Quando o AGV é aplicado, esse risco vai a, praticamente, zero”.

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AGVs versus AMRs

Os AGVs não são os únicos veículos autônomos utilizados no meio industrial e da logística, existindo também os AMRs (Autonomous Mobile Robots). As propostas das duas ferramentas são semelhantes, porém são tecnologias bem diferentes. 

Quer entender a diferença entre cada um deles? Então siga com a gente!

O que são AMRs?

O AMR, também conhecido como Robô Móvel Autônomo, é um veículo que utiliza de sensores e processadores para realizar o transporte de materiais de forma 100% autônoma, ou seja, sem precisar de nenhum tipo de marcação, guia, ou rota pré-determinada.

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Quais as principais diferenças entre AGVs e AMRs?

A principal diferença entre os AGVs e os AMRs está no seu nível de inteligência e autonomia. Enquanto o AGV depende da criação de rotas pré-determinadas e de uma infraestrutura que sirva de guia para ele, o AMR cria sua rota de forma automática por meio dos seus sensores, sem depender de qualquer equipamento adjacente.

Os AMRs podem, inclusive, desviar de obstáculos dentro do ambiente industrial ou recalcular suas rotas a depender da necessidade, o que proporciona ganhos e economia de tempo.

Por sua vez, os AGVs apresentam mais precisão e repetibilidade como principal vantagem, cuja aplicação no ambiente industrial é super recomendada justamente por essas duas características.

Com relação à manutenção, os AMRs necessitam de acompanhamento preventivo e de desgaste natural, enquanto os AGVs demandam de supervisão e trocas das fitas e tags.

Veja mais algumas das diferenças entre os dois tipos de robôs:

AGV (Veículo Guiado Automaticamente) AMR (Robô Móvel Autônomo)
Requer infraestrutura como fios, RFID, beacons, orientação a laser ou fitas magnéticas para se mover. Usa navegação sem trilhos com mapa interno e sensores.
Adicionar novas rotas ou destinos é complexo e caro. Aprende novas rotas rapidamente e pode ser adicionado à frota em menos de um dia.
É uma tecnologia menos avançada e geralmente mais barata. Pode ser mais caro que AGV, mas econômico devido à implantação rápida e fácil, sem custo de infraestrutura.
Mais confiável por seguir um caminho fixo. Responde ao ambiente em tempo real, podendo variar movimentos.
Instalação lenta e complexa, exigindo infraestrutura em toda a rota. Fácil de instalar e realocar, sem necessidade de infraestrutura significativa.
Seguro devido à previsibilidade e parada diante de obstáculos. Caminhos redirecionados podem causar interrupções no ambiente.
Não coleta ou aprende com dados anteriores. Usa aprendizado de máquina para otimizar operações da frota.

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Quais os benefícios do uso de AGVs

Os AGVs podem substituir as empilhadeiras que são operadas manualmente no gerenciamento de tarefas repetitivas de manuseio de materiais. Além disso, esses veículos são capazes de operar 24 horas por dias, sem a intervenção humana.

Eles ainda agilizam significativamente o transporte de produtos, além da remoção dos gargalos e maior previsibilidade na estratégia de logística.

Outros benefícios do uso de veículos guiados automatizados são:

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Vale mais a pena comprar ou alugar um robô AGV?

O preço de compra dos veículos guiados automatizados varia muito do modelo e do tipo do robô que você deseja adquirir. Questões como a quantidade de carga, peso e tamanho que será carregado, naturalmente impacta no valor a ser pago por ele. 

Dito isso, o valor a ser pago nesses robôs varia entre R$ 5.000 a R$ 10.000 nos seus modelos mais simples, enquanto as versões mais robustas passam da casa dos R$ 100.000,00.

Enquanto isso, do lado dos aluguéis, eles trazem a vantagem de você não precisar arcar com eventuais defeitos e manutenção dos produtos. Além disso, para as empresas que estão no Lucro Real, o aluguel da AGVs pode entrar como despesa mensal, sendo abatido do Imposto de Renda de Pessoa Jurídica (IRPJ).

Ao escolher entre comprar ou alugar essas máquinas, é importante colocar essas variáveis na balança, e entender qual cenário será mais vantajoso para a sua empresa.

Quer continuar aprendendo sobre robôs e veículos industriais que podem ser utilizados na sua empresa? Então continue com A Voz da Indústria!

Competitividade na indústria: o que significa e como alcançar?

A competitividade na indústria tem um significado principal: trata-se de fazer sempre mais, buscando os melhores recursos – também, usando aqueles que tem em mãos.

Essa simples definição, no entanto, guarda uma enorme quantidade de informações valiosas. A competitividade é o acelerador, o principal motivador para a expansão dos negócios. É preciso inovar.

Leia mais: Metrologia Industrial: o que é e como funciona?

Pela história, o que a competitividade significa?

Para se ter uma ideia do que estamos falando, nos Estados Unidos, após a Segunda Guerra, a sociedade e as empresas não viam grande importância na competitividade, sendo, então, definida como “sociedade descartável” (no português direto, sociedade além). O mundo era fortemente governado pelo consumismo.

No entanto, uma revolução veio silenciosamente do Oriente: o sistema Toyota de produção. Destruído pela guerra, o Japão passou a identificar as oportunidades nos desperdícios, a reduzir o tempo de troca de ferramentas, diminuir os estoques e implementar o controle estatístico de processos.

O mesmo país também começou a lançar práticas de gerenciamento visual e a lembrar os trabalhadores que, além de braços, eles possuíam cérebros para resolver e gerenciar problemas.

Nesse sentido, o Japão tornou-se um grande desafio para os Estados Unidos, nos anos 70. A produção enxuta trouxe alta qualidade e baixo custo, ameaçando a produção americana.

Após algumas décadas, os japoneses consideraram a importância da adoção do termo Toyota Thinking System – ou seja, cérebros pensantes e pensamentos estruturados criaram uma organização para o desperdício e voltada para a produtividade.

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Capacidade competitiva

A partir da história, podemos concluir que competitividade é a mesma capacidade eficaz de competir e conquistar determinado mercado e/ou público a partir de habilidades, conceitos, análises e sistemas eficazes.

O objetivo é produzir com qualidade, fazer o uso de tecnologia e recursos humanos, entre outros fatores, alcançando os melhores resultados.

A competitividade pode ser medida pela participação da indústria no mercado, a lucratividade, a segurança no trabalho (menos acidentes), a produtividade, a qualidade, entre outros indicadores.

Em suma, é a capacidade de se destacar e prosperar em um ambiente em que a competição é cada vez mais acirrada.

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Como alcançar a competitividade?

Segundo Mauro Andreassa, professor de pós-graduação do Instituto Mauá de Tecnologia, para alcançar a competitividade, a indústria precisa ter um estudo detalhado de tempos e métodos.

“Pode parecer antigo e fora de moda, mas não sabemos o tempo de ciclo das máquinas, por exemplo, além do tempo de movimentos de operadores, etc, voltamos à era das cavernas.”

Isso porque não é possível ter competitividade na indústria sem produtividade. Para o professor, é essencial que as máquinas estejam em plena capacidade de produção.

“Não é possível ser produtivo com máquinas paradas. Indicadores como MTBF e MTTR (tempo médio entre falhas e tempo médio de reparo, respectivamente) são fundamentais para saber empregar o dinheiro e o tempo nas manutenções preventivas e preditivas.”

Outro caminho para a competitividade, de acordo com Mauro, é o treinamento das equipes com relação aos desperdícios. É preciso observar e buscar as oportunidades.

“Quando o pensamento oriental diz observar é realmente monitorar atentamente uma máquina, uma operação, um operador e buscar as oportunidades nos mínimos detalhes”. Ou seja, fazer um mapeamento da cadeia de valor atual e futura é uma ótima maneira de se estruturar os planos de melhoria e se conquistar a competitividade.

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Competitividade e padrões

Mauro destaca que é preciso criar padrões e fazer toda a organização orbitar neles. Toda proposta de melhoria e experimentada deve ter tais padrões como o norte. “Sem padrões operacionais a indústria poderá saber se está melhor ou pior do que ontem e perante a concorrência”.

Outro ponto importante é a qualidade. Em busca de manter vantagem competitiva, a indústria não pode aceitar nada sem qualidade e, muito menos, produzir sem ela.

Mauro Andreassa frisa que essa é, a propósito, uma responsabilidade de toda a empresa, e não apenas do departamento de controle da qualidade.

“O fluxo de produção deve ser contínuo e cadenciado pelos pedidos reais dos clientes. É preciso ainda cuidar do chão de fábrica, verificando se tudo está sendo utilizado de fato, além da organização, limpeza e bem-estar da equipe.”

Tudo isso é fundamental para melhorar a produtividade e ter competitividade no universo da indústria.

Sobre competitividade e inovação no setor, aproveite para conhecer o Mapa Estratégico da Indústria.

Metrologia Industrial: o que é e como funciona?

O que é Metrologia Industrial.png

Em qualquer processo industrial, fatores como o monitoramento, controle e averiguação de processos e padrões em linhas de produção são essenciais. Para realizar tudo isso com a máxima eficiência e segurança, adotar metrologia industrial é medida imprescindível.

Nestes processos, é dever da metrologia industrial definir técnicas e avançados instrumentos de medição para que as empresas sejam capazes de atingir níveis padronizados de excelência em seus produtos.

Não é à toa que a forma com que os produtos são feitos adquirem fundamental importância para o sucesso operacional e econômico da maioria das indústrias de manufatura, e esse é um requisito em que a metrologia industrial atua.

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O que é metrologia industrial?

A metrologia industrial é uma ciência que estuda e acompanha todas as etapas da produção de um determinado produto. A ideia é criar métodos para medir a eficiência de cada um desses processos, criando processos de avaliação e aperfeiçoamento deles.

Ou seja, a metrologia permite a obtenção de diversas informações sobre o processo produtivo daquele produto, que poderão ser usadas para o desenvolvimento de novas tecnologias, criação de novos métodos e aperfeiçoamento de processos. 

Vale lembrar que la não apenas cria métodos de medição, como avalia a precisão daqueles já existentes e busca aprimorá-los ainda mais, para que os dados e informações obtidos sejam sempre os mais precisos possíveis.

A intenção principal da aplicação dessa ciência na sua empresa, é permitir que você agregue ainda mais valor aos seus produtos e ainda economize recursos.

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Quais são os 3 tipos de metrologia?

A metrologia como um todo, é um campo da ciência que pode ser aplicada a diversas áreas e não apenas ao ramo empresarial. Por isso, ela é dividida em 3 tipos principais, a metrologia legal, metrologia industrial e a metrologia científica. 

Vamos dar uma olhada em cada uma delas?

1. Metrologia Legal

A metrologia legal diz respeito as normas e exigências impostas por órgãos reguladores ou pelo próprio mercado sobre como determinadas variáveis devem ser medidas pelas empresas. Isso cria normas e critérios claros que dão segurança tanto para as empresas quanto para os consumidores naquele mercado.

Um exemplo disso, é no caso do mercado de carbono. Nesse caso, empresas e industrias que emitem mais gases poluentes do que o máximo permitido tem que comprar créditos daquelas que emitiram menos como forma de compensação.

Parece ótimo, não é? Mas para que esse mercado funcione, é preciso que todas as empresas utilizem os mesmos métodos e critérios para fazer a medição, de forma a evitar fraudes ou erros nas estimativas das emissões. A criação dessa regra padronizada por um órgão regulador é justamente a metrologia legal.

Balanças de supermercado, bombas de combustíveis e medidores de energia são outros exemplos desse tipo de metrologia.

Normalmente, esses sistemas de medição são usados nas áreas de saúde, segurança e meio ambiente.

2. Metrologia Científica

Já a metrologia científica, é a área dedicada a pesquisa e desenvolvimento de sistemas, equipamentos e métodos de medição.

No caso, utiliza-se de todos os cuidados e o rigor do método científico para testar e desenvolver novos padrões de medidas que poderão ser aplicados tanto nacional quanto internacionalmente.

Saiba mais: Capacitação para liderança: quais habilidades desenvolver?

3. Metrologia Industrial, ou Metrologia Aplicada

Por fim, a metrologia industrial é a aplicação desses conceitos e ferramentas desenvolvidas na realidade industrial.

Ou seja, os sistemas de medição controlam processos produtivos industriais, tendo a responsabilidade de garantir a qualidade e a segurança das peças e produtos acabados.

Os métodos de medição, ferramentas e materiais utilizados passam por constantes atualizações, para garantir que continuam calibrados precisos e estáveis.

Dessa forma, para Cleiton Prates Dias, Supervisor de Aplicações da ZEISS Metrologia Industrial e especialista na área, este conceito, quando aplicado para a indústria, apresenta a seguinte definição:

A metrologia industrial caracteriza-se pela aplicação do controle de qualidade dimensional diretamente nas linhas de produção da indústria.

O que faz um profissional de metrologia?

A principal função de um profissional de metrologia no ambiente industrial é organizar e realizar a manutenção e o monitoramento de desempenho dos equipamentos utilizados no ambiente de trabalho

Isso engloba a manutenção preventiva, preditiva e até mesmo a corretiva. O profissional deve acompanhar constantemente o desempenho de todas as máquinas, minimizando as perdas por mau funcionamento.

Qual é o salário de um Metrologista?

Atualmente, o salário médio de um profissional de metrologia é de R$ 2.807,00. Esse valor pode chegar até os R$ 3.781 nos melhores casos, ou R$ 1.990 nos piores.

24% desses profissionais ocupavam o cargo de inspetor de qualidade antes da atual função, e 9% passaram a trabalhar como analistas de qualidade posteriormente.

Saiba mais: A caracterização de resíduos para o setor industrial: o primeiro passo para a valorização sustentável

Onde a metrologia e usada? 

Além das aplicações industriais, a metrologia também está presente no nosso dia a dia em diversas atividades da nossa rotina. Os relógios que medem consumo energético de casas ou prédios é um exemplo da metrologia na nossa vida.

Mas não só isso, a medida de velocidade dos automóveis, temperatura da geladeira ou do fogão, quantidade de arroz ou outro ingrediente que vamos cozinhar são alguns exemplos de como usamos a metrologia no nosso dia a dia.

Quais os equipamentos usados na metrologia?

A metrologia utiliza diferentes tipos de equipamentos, uma vez que cada grandeza precisará de uma parelho específico. Alguns exemplos desses equipamentos são:

  • Paquímetro: Instrumento para a medição das dimensões de um objeto;
  • Micrômetro: Item que mede a espessura, distância e ângulos de objetos muito pequenos;
  • Relógios apalpadores: Utilizado na indústria para medir, entre outras coisas, a excentricidade, centragem e alinhamento das peças;
  • Multímetro: Mede grandezas elétricas como Watts;
  • Viscosímetro: Aparelho usado para medir a viscosidade de fluidos por meio da sua grossura e resistência;
  • Megômetro: Usado para a valiar o nível de isolação eltrica de um componente;
  • Trena: Itens para medições de distâncias;
  • Alicate amperímetro: Aparelho utilizado para medir correntes eletrícas. É considerado um dos equipamentos mais seguros para isso.

O que é medir na metrologia?

Por ser uma ciência, a metrologia trabalha com definições formais e muito precisas de todos os seus processos.

Por senso comum, todos nós sabemos o que é o ato de medir, mas na metrologia, segundo o dicionário internacional, o termo é definido da seguinte forma: "Processo de obtenção experimental dum ou mais valores que podem ser, razoavelmente, atribuídos a uma grandeza".

Veja também: Refrigeração e lubrificação de equipamentos: entenda por que ganham ainda mais importância nas indústrias

Metrologia industrial: economia de recursos devido à maior qualidade de processos

Para Prates, a aplicação da metrologia industrial em qualquer processo fabril possibilita aos gestores maior conhecimento e entendimento de quais são os pontos críticos durante a fabricação.

“Com esse entendimento teremos um maior controle de processos e produtos, consequentemente haverá um menor desperdício durante todo o processo de fabricação, beneficiando todo o negócio”, complementa.

Sendo assim, ter a garantia de um produto e processo produtivo mais otimizado e à prova de falhas é, sem dúvidas, um importante desdobramento da metrologia industrial.

Exatamente por isso, ela deve ser encarada como um investimento, que dê à indústria a capacidade de elevar a qualidade dos processos de produção, aumentando as ações assertivas no meio industrial.

Principais benefícios da aplicação da metrologia industrial

A metrologia industrial funciona como uma excelente ferramenta capaz de gerar informações sobre processos e produtos para assim obter conhecimentos específicos sobre todas as fases realizadas.

Inclusive, é por meio dessa ferramenta que os responsáveis pela metrologia têm a capacidade de: 

  • Identificar possíveis gargalos no processo produtivo; 
  • Evitar o consumo excessivo de matéria-prima; 
  • Encontrar “brechas” para melhorias na dinâmica durante a produção dos produtos, inclusive prevendo e simulando condições de uso; 
  • Evitar o risco de falhas estruturais e funcionais, antes que elas gerem perda de material e de capital.

Cleiton Prates completa com alguns benefícios complementares. “O investimento no controle de qualidade irá garantir menor índice de retrabalho, maior qualidade dos produtos, processos mais eficientes e fluídos, devido à facilidade de intercâmbio entre as peças”. 

Além de todos esses benefícios, há o retorno financeiro do processo industrial, já que ele estará diretamente atrelado a processos mais eficientes.

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Por onde e como começar?

Para o sucesso de monitoramento e busca pelo controle de qualidade, a indústria deve inicialmente realizar um mapeamento de todas as etapas da produção. Com isso, é possível verificar onde a metrologia industrial pode contribuir para agregar valor na conexão entre processos.

Com todo esse mapeamento realizado, cabe aos responsáveis elaborar ações específicas, além de estabelecer com que periodicidade as medições serão feitas.

Dependendo da necessidade, a intervenção da metrologia industrial será realizada apenas uma vez, afinal será realizado apenas um ajuste de equipamento ou estratégia. 

Em outros casos, a metrologia será recomendada com uma periodicidade enxuta, especialmente quando os processos estão muito vulneráveis a fatores sazonais, como na indústria de alimentos.

Já as ferramentas e técnicas adotadas na metrologia também vão variar de acordo com a necessidade.

“As ferramentas e técnicas tendem a variar de acordo com o processo ou produto, mas em geral se relacionam à aplicação de um equipamento de medição ao processo, responsável por realizar medições e controlar se um produto está dentro de suas especificações.”

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O Supervisor de Aplicações da ZEISS cita dois exemplos para explicar:

“Por meio da metrologia industrial podemos aplicar a utilização de um instrumento convencional como um paquímetro, que realiza uma medição simples entre dois pontos; também podemos adotar uma medição relativamente mais complexa de uma tomografia industrial, a qual irá verificar 100% das dimensões e estruturas de um produto.”

Diante do que vimos, dispor de um serviço de metrologia industrial é fundamental para garantir e estabelecer uma base mais confiável de informações que permitam melhores tomadas de decisões em processos produtivos, sempre visando a sustentabilidade e a máxima qualidade do produto.

Quer continuar aprendendo mais osbre ténicas de gestão que podem aumentar a eficiência da sua indústria? Então acompanhe A Voz da Indústria!

Como as startups funcionam?

Você sabia que as startups têm um grande potencial de crescimento (rápido) e, por isso, são consideradas empresas emergentes?

Geralmente, são fundadas por empreendedores com ideias inovadoras, cujo objetivo é atender a demandas específicas do mercado. A tecnologia é o carro-chefe deste tipo de negócio.

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Fases de uma startup

Segundo Marilucia Silva Pertile, mentora de startups e co-fundadora da Start Growth, as startups passam por cinco importantes fases: ideação ou investigação (quando é ainda apenas uma ideia e os idealizadores investigam o potencial do negócio), validação ou Mkt Fit (fase em que os primeiros clientes são atraídos), vendas ou operações (posicionamento no mercado), expansão ou retração (expansão da base de clientes) e consolidação ou Scale Up (quando o negócio se torna sustentável, com maturidade).

“No ecossistema de startups, o chamado ‘vale da morte’ fica no período entre ideação e o breakeven”.  

Engana-se quem pensa que startups participam apenas de setores como TI, vendas e cobranças. Elas estão presentes em diversos segmentos de mercado, incluindo o industrial, e são facilmente integradas a outros negócios.

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Startups e seus diferenciais de negócio

Alguns diferenciais das startups são descritos a seguir:

Agilidade

As startups são famosas pela capacidade de adaptação. Elas compreendem o mercado e suas mudanças, podendo ajustar a própria atuação, produtos e serviços com base nas tendências, feedbacks dos clientes e condições econômicas.

Inovação

Conforme citado anteriormente, a inovação é a cereja do bolo quando o assunto são as startups. Isso porque, normalmente, elas nascem a partir de ideias inovadoras e pelas mãos de quem sabe como usar ideias diferenciadas em favor dos negócios. As respectivas empresas tendem a ser capazes de resolver problemas de diferentes maneiras e com efetividade – da maneira como os clientes estabelecem.

Crescimento

Geralmente, o principal objetivo das startup é o crescimento e a prosperidade. Tudo de maneira rápida e escalável. Ou seja, seus gestores estão sempre à procura de oportunidades para expandir a capacidade, aumentar a carteira de clientes e melhorar a receita.

“Por isso é tão importante manter um planejamento eficiente e que consiga sustentar o caixa da empresa de forma sustentável durante todo o processo”, afirma a especialista.

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Disrupção

As startups são completamente diferentes dos modelos de negócios tradicionais. E fazem de tudo para ser mesmo. Elas oferecem soluções inovadoras que podem revolucionar um setor inteiro.

Essa disrupção, por sinal, é o que diferencia as startups das demais empresas. A propósito, é esse aspecto que lhes permite uma competição com organizações mais estabelecidas.

Tecnologia

A maioria das startups estão diretamente ligadas a tecnologia e também a digitalização. É comum que elas aproveitem as mais recentes ferramentas tecnológicas para criar produtos e serviços inovadores. Não à toa, têm alcançado um público global.

De acordo com Marilucia, “buscar ajuda especializada para cada etapa do processo pode ser fundamental para conquistar resultados”.

Atuação

As startups podem atuar em uma ampla variedade de áreas de negócios. Entre elas, tecnologia da informação, saúde, finanças, logística, de manufatura (indústria), alimentação, entretenimento, montagem, química, etc.

Fato é que não há limites para as indústrias em que as startups passam a operar. O mais importante, no entanto, é que haja uma oportunidade de mercado e ideias inovadoras a serem exploradas.

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Por que as startups se integram a outros negócios?

A principal resposta para essa pergunta é porque elas são capazes de aproveitar essa sinergia e alavancar recursos adicionais.

Isto significa que as startups são eficientes no fechamento de parcerias estratégicas com empresas estabelecidas para acesso a capital, experiência de mercado, canais de distribuição e a melhora da rede de clientes.

As respectivas integrações são benéficas para todas as envolvidas. As próprias startups, por exemplo, aceleram o seu crescimento e expandem a sua influência no mercado.

Essas mesmas parcerias são fundamentais para mitigar certos riscos associados ao lançamento de soluções e produtos, bem como ao crescimento da empresa em questão.

“É importante estar ciente dos desafios que envolvem cada etapa do negócio”, finaliza Marilucia.

Saiba mais sobre a relação entre startups e indústria 4.0.

Inteligência Artificial e o mercado de trabalho nas indústrias

Segundo um estudo da Edelman Comunicação, a IA já é utilizada 74% das pequenas e médias empresas, e auxilia na automação de processos e ganho de eficiência em linhas de produção. Isso libera os funcionários para focarem em tarefas mais produtivas e menos repetitivas. Saiba mais!

A Inteligência Artificial tem capacidade para transformar o mercado de trabalho em várias frentes. E assim o faz.

A indústria é uma das principais beneficiadas pelo emprego de tecnologias IA, as quais compreendem as etapas da manufatura, automação, logística, circulação, vendas, marketing, atendimento ao cliente, entre outros processos.

A IA está impactando o mercado de maneira positiva, mas tem suas peculiaridades. Segundo Leonardo Berto, gerente de consultoria da Robert Half, a tendência é que no mercado de trabalho do futuro as tarefas mais operacionais sejam executadas majoritariamente por Inteligência Artificial.

“Entretanto, essa adaptação não representa uma redução no número de empregos e/ou oportunidades.”

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Dados complementares: Inteligência Artificial no mercado

Conforme um estudo da Edelman Comunicação, a Inteligência Artificial já é uma realidade em 74% das pequenas e médias empresas. Dessas, 47% estão investindo em IA neste ano, contra 45% de 2023 e 27% de 2022.

A pesquisa revela também que, no ano passado, a Inteligência Artificial ficou atrás apenas das tecnologias de armazenamento em nuvem.

O trabalho da Edelman indica que as principais motivações para as empresas investirem em IA são: melhorar a experiência do cliente (61%), ganhar eficiência, produtividade e agilidade (54%) e garantir a continuidade do negócio (46%).

De acordo com a organização, a maioria das empresas pesquisadas disseram usar IA como assistentes virtuais para atendimento ao cliente (69%).

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Participação da IA no mercado de trabalho na indústria

A Inteligência Artificial vem sendo cada vez mais utilizada para a automatização de tarefas repetitivas em linhas de produção de diferentes tamanhos e capacidades. A ideia é liberar o pessoal para melhorar a concentração em outras tarefas. Por exemplo, as que demandam criatividade e estratégia.

Além disso, as respectivas tecnologias podem ser aplicadas para a previsão da demanda, a otimização de inventários e relatórios, o roteamento do transporte, etc. Tudo para aprimorar a eficiência da empresa e reduzir os custos com a cadeia de suprimentos.

Conforme explica Leonardo, não podemos deixar de lado o fato de que o mercado de trabalho contemporâneo é extremamente dinâmico.

“Muitos cargos que estão hoje em destaque nem sequer existiam até alguns anos atrás. Assim como profissões podem deixar de existir, novas também serão criadas”, destaca.

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Manutenção preditiva

A Inteligência Artificial é efetiva para a manutenção preditiva porque oferece uma avançada análise de dados e um algoritmo eficiente.

E o que isso tem a ver com o mercado de trabalho?

Tudo, uma vez que a IA pode prever falhas em equipamentos industriais antes mesmo que eles ocorram. Logo, a manutenção preditiva se torna uma realidade e a redução do tempo de inatividade também.

Robótica

Outro ponto importante sobre Inteligência Artificial no Mercado de trabalho nas indústrias é com relação à robótica avançada.

A IA tem impulsionado o desenvolvimento de robôs inteligentes e colaborativos (cobots), os quais são eficazes para um trabalho em conjunto com os seres humanos, principalmente, em tarefas mais complexas como, por exemplo, de montagem, soldagem, movimentação, etc.

O gerente explica que, à medida que as empresas adotam cada vez mais a IA e outras tecnologias avançadas, o processo de transformação digital se torna ainda mais complexo.

“Consequentemente, os gerentes de transformação digital serão essenciais na condução dessas mudanças, adaptando processos, capacitando a equipe no trabalho com novas tecnologias e garantindo uma transição suave e bem-sucedida para um ambiente de trabalho orientado por IA.”

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Oportunidades e novos cargos

De acordo com Leonardo, novas oportunidades serão criadas no mercado de trabalho em virtude da aplicação da Inteligência Artificial nos processos. Por ora, ele destaca os principais cargos em por meio dos quais as tecnologias são implantadas:

  1. Gerente de transformação digital;
  2. Engenheiro de prompt;
  3. Desenvolvedor de modelos;
  4. Especialistas jurídicos e de governança;
  5. Especialistas em cibersegurança de IA;
  6. Analista de dados avançado;
  7. Engenheiro de manufatura com automação inteligente;
  8. Consultores.

Assim, a Inteligência Artificial é uma realidade no setor e promete balancear o mercado com novas oportunidades de trabalho.

Para descobrir mais sobre a IA na indústria, confira os Destaques de conteúdo FEIMEC 2024!

Capacitação para liderança: quais habilidades desenvolver?

Liderar pode ser uma habilidade comum em algumas pessoas desde a infância, integrando o time das tão faladas soft skills. Mas, a boa notícia é que essas habilidades também podem ser desenvolvidas, com o auxílio de treinamentos de capacitação para liderança.

Porém, elaborar um treinamento destinado ao desenvolvimento de líderes pode ser um grande desafio para muitas empresas, mas é uma prática altamente necessária, já que está diretamente relacionada aos níveis de produtividade e competitividade do negócio.

Acompanhe o nosso conteúdo e fique por dentro das melhores estratégias para capacitar os profissionais para exercer essa função. 

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Mas afinal, o que é a liderança? 

Quando colocamos o tema liderança em pauta, estamos nos referindo a uma posição bastante importante, mas muito desafiadora para qualquer profissional. 

Por definição, a liderança é uma habilidade responsável por motivar e inspirar as pessoas, orientando para que os objetivos finais sejam cumpridos. 

O papel do líder é influenciar! Seu dever é conduzir e orientar sua equipe em prol do mesmo objetivo e propósito, afinal isso impacta no desempenho e resultados de toda a equipe.

O bom líder é aquele que aceita a responsabilidade de determinar e bater o martelo sobre as estratégias seguidas pela equipe, mas que dá liberdade aos seus liderados de opinar e sugerir novas ideias, participando de todo o processo.

Diante disso, é fácil afirmar que contar com uma boa liderança traz vantagens em diferentes vertentes para uma empresa, como um ambiente de trabalho mais saudável e principalmente a motivação da equipe.

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Habilidades que todo líder deve ter

Em qualquer empresa, liderança não é apenas ocupar uma posição elevada dentro da empresa, mas sim sobre a habilidade de influenciar, inspirar e estar preparado para lidar com mudanças. 

Segundo destacado pela Robert Half, considerada a primeira e maior empresa de soluções em talentos no mundo, todo líder deve desenvolver as seguintes habilidades:

Autoconhecimento

Um líder só vai conseguir tirar o máximo da sua equipe se ele souber trabalhar o seu autoconhecimento. Por isso, ele deve conhecer a si próprio, com suas fraquezas e virtudes, sempre com um olhar crítico (e construtivo) sobre si próprio.

Inteligência emocional

Esse é outro aspecto essencial para os líderes. Eles precisam saber lidar com situações desafiadoras, como a demissão de profissionais que podem ter uma simpatia ou discussões e discordâncias com outras áreas e equipes. O líder precisa saber lidar com esses momentos.

Gerenciamento de conflitos

Em grandes empresas, é natural que conflitos aconteçam. Cabe aos líderes saberem fazer o gerenciamento desses conflitos que ajudem cada lado a chegar a um denominador comum.

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Comunicação interna

A comunicação interna é outro skill muito importante para os líderes. Basicamente, é a forma como o líder vai se comunicar com os profissionais da sua equipe e também com outros líderes

Este é certamente um cuidado essencial para empresas que querem desenvolver um ambiente saudável para todos.

Resolução de problemas

Por melhor que seja o líder, nem sempre é possível acabar com todos os problemas que irão se apresentar. Por isso, os líderes precisam trabalhar bastante as suas habilidades para a resolução de problemas.

Além disso tudo, de forma geral, um bom líder: 

  • sabe ouvir seus liderados e ser capaz de se comunicar com eles de maneira nítida e objetiva;
  • tem consciência de que é um exemplo para a equipe e se porta como tal;
  • não tem medo de inovar;
  • age como um professor, educando os colaboradores;
  • sabe dar autonomia aos liderados;
  • ajuda e motiva a equipe em momentos difíceis;
  • bom mediador de conflitos;
  • Tem capacidade de desafiar, redirecionar tarefas, reconhecer e recompensar o sucesso dos indivíduos.

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Dicas para criar um programa de capacitação para liderança

Como você viu, é plenamente possível desenvolver habilidades de liderança. Para isso, programas de capacitação para líderes podem ser colocados em prática.

 Mas, afinal, o que deve ser feito para elaborar um treinamento de desenvolvimento de líderes? A Robert Half sugere algumas dicas que podem ser muito úteis, confira!

1. Formular um programa que atenda as expectativas da empresa

Investir no desenvolvimento de líderes e na capacitação desses profissionais é uma das estratégias mais eficientes para a manutenção do crescimento de um negócio. 

Assim, um bom treinamento de liderança deve respeitar os ideais e as expectativas da empresa. 

É claro que existem algumas questões que cabem a todo e qualquer negócio, no entanto, um programa de educação corporativa eficiente começa respeitando tanto as políticas da empresa, como as suas expectativas. 

Nesse contexto, o programa deve considerar, dentre outras coisas:

  • aspectos técnicos e operacionais;
  • sistemas e ferramentas tecnológicas;
  • conhecimento sobre produtos e serviços;
  • questões comportamentais;
  • necessidades do mercado;
  • momento atual do negócio e expectativas para o futuro.

Além disso tudo, o treinamento deve sempre ser elaborado com foco nas soluções de problemas, desenvolvimento de funções e alcance de metas. Tudo isso só pode ser atingido com eficiência se considerar todo o contexto em que o negócio está envolvido.

2. Identificar as prioridades para o desenvolvimento de profissionais

​​Independentemente do tamanho da empresa ou do segmento de atuação, um treinamento de desenvolvimento de líderes deve considerar as características de uma boa liderança. 

A partir delas, é preciso que o trabalho seja realizado de forma adequada em cada líder, corrigindo suas falhas e potencializando o que já está de acordo com o perfil de liderança ideal. 

As características de um bom líder devem ser identificadas observando o comportamento dessas pessoas no dia a dia. 

A contratação de uma empresa especializada em recrutamento e seleção de executivos também é uma maneira de identificar os profissionais mais adequados para assumir posição de liderança.

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3. Escolha o tipo de treinamento que mais se aplica às necessidades

Para ter a capacidade de liderar, qualquer gestor precisa saber se comunicar com fluidez e clareza (saber falar e, também, saber ouvir)! 

Por isso, um treinamento sobre este tema deve contemplar situações em que a má comunicação afeta as decisões do líder, ou que interfira diretamente em processos da companhia

Dentre os tipos de treinamento, se destacam como mais relevantes:

Treinamento técnico

Em um mundo onde as mudanças são rápidas, principalmente ligadas a tecnologia, é fundamental que os líderes se mantenham atualizados.

Por conta disso, investir em uma reciclagem dessas habilidades é essencial! Isso não significa que o líder deve saber e fazer tudo, mas que compreende o básico para avaliar sua equipe. 

Com essa capacitação, o líder conseguirá guiar sua equipe de forma coesa e assertiva. Vale destacar que os treinamentos técnicos têm como objetivo identificar lacunas e propor melhorias. 

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Treinamento para gestão de pessoas

Como já destacado, a principal habilidade de um líder é a sua capacidade de lidar com pessoas. Assim, treinamentos relacionados a essa competência são fundamentais. Com eles, o gestor pode manter sua equipe engajada, motivada e, principalmente, em sintonia.

Neste tipo de treinamento, o líder compreenderá algumas competências, como transparência e confiança, relacionamento interpessoal, feedbacks e liderança por perfis.

Confira outros tipos de treinamentos:

  • Treinamentos para onboarding;
  • Desenvolvimento de soft skills ou hard skills;
  • Treinamentos motivacional;
  • Treinamento para lidar com o ambiente corporativo;
  • Treinamento de liderança para fortalecer a sua equipe.

Por fim, ao adotar um programa de capacitação de líderes, lembre-se sempre que o bem mais precioso de uma empresa é o ativo humano. 

Assim, apostando nas ferramentas certas, os líderes e liderados alcançaram o máximo em desempenho, atingindo o principal objetivo do negócio que é manter a competitividade.

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Refrigeração e lubrificação de equipamentos: entenda por que ganham ainda mais importância nas indústrias

Tanto a refrigeração quanto a lubrificação são essenciais para garantir maior vida útil de equipamentos, principalmente sob temperaturas mais elevadas. O uso de bons lubrificantes, por exemplo, contribui para a redução do atrito, contribuindo para a segurança do equipamento. Saiba mais!

No último verão, o Brasil enfrentou frequentes ondas de calor, resultado da crise climática e do fenômeno El Niño. As elevadas temperaturas afetam nossos animais e o meio ambiente, mas também repercutem nos equipamentos industriais, exigindo uma refrigeração e lubrificação muito mais efetivas.

Tanto a lubrificação quanto a refrigeração vão garantir o funcionamento adequado dos componentes mecânicos, prolongando a vida útil do sistema como um todo.

Já a falta destes cuidados pode causar atrito excessivo, desgaste prematuro, superaquecimento e, por consequência, a falha do sistema.

Diante dessa necessidade, convidamos o especialista Luiz Maldonado, CEO da Lubvap Special Lubricants, para falar sobre a importância do uso de bons lubrificantes em equipamentos industriais, além de dicas extras para melhor enfrentar os desafios das ondas de calor.

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Medidas essenciais para uma operação mais suave de equipamentos

Frequentes no noticiário nacional, os registros das chamadas ondas de calor aumentaram 642% nos últimos 60 anos no país, conforme uma pesquisa do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

Além de todos os efeitos sobre a agricultura e o meio ambiente, a elevação da temperatura também pode aumentar a tensão nas máquinas, levando a várias consequências, desde falhas frequentes, até a maior necessidade de manutenção devido à degradação acelerada de peças e componentes. 

Parte da solução para reduzir esses efeitos é investir em sistemas de refrigeração mais eficazes e potentes, uso de materiais de alta qualidade e com maior potencial de resistência ao calor, além da adoção de lubrificantes especiais.

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Lubrificantes especiais garantem operação muito mais segura e eficiente

Em qualquer maquinário industrial, os lubrificantes são fundamentais. São eles que garantem uma operação muito mais suave de equipamentos industriais.

A principal função da lubrificação industrial é reduzir o atrito entre as superfícies de contato das peças e componentes de um equipamento. Cabe ao lubrificante também formar uma película fina e viscosa que tem a função de impedir ocorrências de desgaste.

Porém, em cenários de temperaturas mais elevadas, os lubrificantes ditos comuns podem comprometer o desempenho, a ponto de reduzir a vida útil dos componentes e elevar a possibilidade da ocorrência de falhas. 

Os lubrificantes especiais, por sua vez, destacam-se por sua ótima estabilidade térmica, como destaca Luiz Maldonado. “O uso de lubrificantes especiais manterá um filme lubrificante eficaz em uma ampla faixa de temperatura, sem qualquer comprometimento”.

Além disso, as engrenagens dos equipamentos estão suficientemente protegidas contra arranhões, mesmo em picos de cargas extremamente altas, vibrações ou oscilações, ou se nenhuma ação foi executada.

Também oferecem uma vida útil muito mais longa quando comparados aos óleos minerais, devido ao excelente envelhecimento e resistência à oxidação das matérias-primas selecionadas.

Assim, os intervalos de serviço podem ser estendidos e os custos de manutenção reduzidos.

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Desafio constante para indústrias

O especialista da Lubvap Special Lubricants indica que, para enfrentar as ondas de calor, é fundamental optar por produtos lubrificantes de alta qualidade, assim como realizar inspeções regulares nos equipamentos para identificar sinais de superaquecimento para evitar desgaste:

Em primeiro lugar, é importante que a indústria programe sistemas de refrigeração mais robustos e eficientes. Isso irá garantir que as máquinas operem em temperaturas adequadas, evitando a ocorrência de sobrecargas.

Além disso, o especialista sugere a escolha de soluções de alta qualidade e resistência ao calor, especialmente lubrificantes especializados. “Essa escolha pode fazer toda a diferença na atividade das máquinas”, recomenda o profissional.

Assim, à medida que as mudanças climáticas persistem, as ondas de calor representam um desafio constante para as indústrias. Cabe ao setor buscar por soluções especializadas em refrigeração e lubrificação para enfrentar esse tipo de desafio. 

Neste contexto, o especialista da Lubvap Special Lubricants explica como se antecipar ao problema, definindo estratégias para garantir a resistência dos maquinários diante dessa e outras condições desafiadoras.

Uma dica valiosa sugerida por Maldonado é a implementação de programas de manutenção preventiva, adaptados às condições climáticas. “Isso inclui inspeções regulares, substituição programada de peças sujeitas a desgaste acelerado pelo calor e ajustes nos intervalos de lubrificação”. 

Além disso, investir em tecnologias de monitoramento em tempo real pode permitir a identificação antecipada de anomalias no funcionamento dos equipamentos, possibilitando também a intervenção antes que problemas mais sérios ocorram.

Assim, de acordo com o especialista, os gestores devem adotar medidas proativas, como a substituição de lubrificantes convencionais, garantindo a eficiência contínua de seus equipamentos diante das crescentes ondas de calor. 

Aproveite este tema para conferir as principais novidades de manutenção industrial que você já pode acompanhar e implementar!

A caracterização de resíduos para o setor industrial: o primeiro passo para a valorização sustentável

A caracterização de resíduos para a indústria consiste na identificação das características químicas, físicas e biológicas dos materiais em questão. Essa identificação permite entender como cada material pode ser reaproveitado, melhorando a eficiência da indústria e sua relação ambiental. Saiba mais!

O setor industrial está passando por um momento significativo de transformação, impulsionado por agendas e ações que levam a repensar suas atividades e o seu papel na sociedade e na economia. Mudanças nos padrões de consumo, a crescente conscientização ambiental e a adoção de novas estratégias e regulamentos estão impulsionando uma corrida por inovação, investimentos e ações que atendam às metas de desenvolvimento sustentável e às agendas de ESG (Environmental, Social, and Governance) e CSR (Corporate Social Responsibility).

Nesse contexto, a agenda de "neoindustrialização" no país tem ganhado destaque, trazendo a revitalização e a modernização ao setor por meio da incorporação de tecnologias avançadas, práticas sustentáveis e modelos de negócios inovadores. Esse processo está se tornando central à medida que as empresas buscam equilibrar crescimento econômico com sustentabilidade e inclusão social.

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Neoindustrialização e meio-ambiente

Embora a neoindustrialização promova avanços tecnológicos e ambientais, as indústrias tradicionais ainda enfrentam obstáculos significativos, especialmente no que diz respeito ao impacto ambiental negativo. Um exemplo que ilustra este contexto é a enorme quantidade de resíduos sólidos, efluentes líquidos e gasosos gerados pelo setor industrial, que muitas vezes são destinados a aterros industriais ou outras formas de descarte que, embora corretas, são pouco sustentáveis. 

Reaproveitar resíduos e ressignificá-los no ambiente industrial é um desafio crítico que precisa ser abordado de maneira abrangente e eficiente. Eles não são inúteis, muito pelo contrário. Todos os resíduos industriais podem ser valorizados, tornando-se uma nova matéria-prima circular. A partir do princípio de conservação de massa, fica claro que o total de insumos de entrada em um processo industrial deve ser igual à massa total de saída, evidenciando que resíduos industriais em algum momento foram adquiridos como insumos.

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No Brasil, os resíduos industriais são classificados de acordo com a norma NBR 10.004, que define os resíduos sólidos quanto aos seus riscos potenciais ao meio ambiente e à saúde pública. Embora essa norma ajude as indústrias a classificar e gerenciar resíduos de produção, garantindo seu descarte adequado, ela não identifica características que possam potencializar os resíduos para um processo de valorização.

Para consolidar um modelo de economia circular, promovendo o uso eficiente e responsável dos recursos, é necessário desenvolver uma caracterização dos resíduos que investigue seus principais componentes e identifique potenciais mercados que possam absorver esses materiais como fontes alternativas e mais sustentáveis aos insumos tradicionais. A caracterização físico-química dos resíduos pode identificar a exata composição e estrutura de um resíduo industrial, permitindo que ele seja visto como um recurso renovável para aplicação como matéria-prima circular. 

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O papel da caracterização dos resíduos industriais

Levantar e analisar as características dos resíduos industriais é primordial para valorização em rotas de soluções circulares. Além de trazer significativa redução de custos na gestão de resíduos, este processo potencializa sua transformação em matéria-prima e sinaliza os mercados que possam absorver e reutilizar esse material - antes descartados para aterros - como insumos para novos processos produtivos.

No entanto, apenas a caracterização dos resíduos não garante sua valorização como matéria-prima, mas é o primeiro passo essencial para esse processo. Após a caracterização, é necessário desenvolver um projeto ainda mais complexo, onde as informações levantadas darão suporte para identificar com precisão o mercado que absorverá a matéria-prima circular, os processos físicos e químicos necessários para alcançar a qualidade desejada e para a análise de viabilidade econômica da rota escolhida.

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Mesmo com tantos avanços na agenda sustentável no ambiente industrial nos últimos anos, ainda não existe uma norma técnica que direcione o olhar para os resíduos como fontes de recursos naturais. Por isso, todo o esforço envolvendo empresas, academia, indústrias e governos para a aplicação de metodologias de caracterização de resíduos é essencial como ponto de partida para uma economia circular real e em grande escala, ou seja, em escala industrial.