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Gestão de Crise para indústrias em 6 passos

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Todos os ambientes e cenários de uma indústria são bastante complexos. São inúmeros processos, relacionamentos, pessoas, recursos e rotinas que exigem atenção. Exatamente por isso, para estar de acordo com as exigências do mercado e da legislação, adotar uma série de práticas de gerenciamento é fundamental. Uma delas é a gestão de crise.

Eventos inesperados dentro de uma empresa podem ocorrer de forma tão abrupta que seus gestores não sabem como agir diante do problema, e as consequências podem ser bastante sérias.

Nesse tipo de situação, dispor de um plano de gestão de crise, ou gerenciamento de crise, dentro da indústria pode fazer toda a diferença.

Cabe à gestão de crise englobar um conjunto de ações que, quando colocadas em prática, vão diminuir os impactos causados por uma situação adversa que a organização atravessa, além de evitar que isso se repita.

Você sabe como ter um plano de gerenciamento de riscos? E os passos para gerenciar este processo, você conhece?

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Contabilidade para indústrias: principais pontos de atenção

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Registrar, organizar, analisar dados e acompanhar todos os demonstrativos financeiros. Essas são as principais tarefas da adoção da contabilidade para indústrias.

Sem elas, a tendência de a indústria “caminhar para a escuridão econômico/financeira” é elevada.

No entanto, ainda é comum muitas empresas, essencialmente as de pequeno porte, associarem a contabilidade para indústrias a processos burocráticos e operações repetitivas.

Por isso, alguns pontos merecem maior atenção. Acompanhe.

Contabilidade para indústrias: por que é tão importante?

No âmbito geral, a contabilidade é a ciência que estuda a história de qualquer negócio por meio dos números, sendo imprescindível para tudo, deste a gestão financeira até a burocrática.

“No Brasil, por uma necessidade que é enfrentar o processo inflacionário e burocrático (fiscalizações), raras as vezes, damos importância à contabilidade como instrumento de gestão financeira, fiscal e tributária ou gerencial”, explica Fernando José de Paula e Silva, Economista e conselheiro Trends Innovation.

A contabilidade servia, no passado, somente para registrar os números que atendessem à fiscalização, mas, hoje, o uso correto da contabilidade significa um diferencial estratégico para melhorar o resultado da empresa.

No caso da indústria, o economista ressalta que a contabilidade deve registrar todos os atos que acontecem dentro da empresa:

“Cabe à contabilidade anotar a entrada de valores dos sócios até capital de terceiros utilizados para a compra de insumos, máquinas e equipamentos que serão utilizados para transformar matéria prima em produto final, com geração de lucro.”

Além do mais, as práticas contábeis em indústrias ajudam a apoiar diversos setores e processos, como:

  • Acompanhamento de estoques, registros de lucros e perdas;
  • Identificação de informações financeiras;
  • Análises para apoiar a tomada de decisões, aumentando os lucros e eficiência da sua indústria.

Pontos de atenção relacionados à contabilidade industrial

A utilização da contabilidade para indústrias faz com que os gerentes e gestores tenham uma visão muito mais holística da organização, permitindo determinar os rumos futuros e possíveis mudanças estratégicas.

Dessa forma, em um primeiro momento, a contabilidade permite o real entendimento sobre quais são os custos necessários para a produção de determinado produto dentro da indústria.

“Dentre as muitas possibilidades, os registros corretos dos estoques e dos insumos permitem o conhecimento da eficiência da indústria para produzir determinado bem”, complementa José de Paula e Silva.

Mas além disso, outros pontos merecem atenção e mostram a relevância da contabilidade para indústrias, dentre os quais:

Instrumento de governança

A contabilidade para indústrias representa um dos melhores instrumentos de governança de qualquer empresa. Ou seja, ajuda a fortalecer a organização e alinhar os interesses do negócio, dos sócios, dos diretores, acionistas e outros stakeholders.

“Essa metodologia tem a transparência como resultado das informações necessárias para que o mercado a classifique com objetivo de receber investimentos, seja do mercado de ações ou mesmo do mercado financeiro”, indica.

Permite identificar falhas

Uma contabilidade bem-feita é a melhor ferramenta que existe para identificação de falhas, tanto na produção quanto na comercialização dos produtos.

Por meio da auditoria dos relatórios contábeis, a empresa usa a contabilidade para conferir quão boa é a gestão do negócio.

Permite encontrar alternativas de redução da carga tributária

É de conhecimento de todos que a carga tributária é o percalço que mais atrapalha a competitividade da indústria.

Conforme levantamento da Confederação Nacional da Indústria (CNI), o peso dos impostos sobre o setor é de 46,2% do PIB, enquanto, na média do país, são cobrados 25,2%. Mas há um jeito de, ao menos, enfrentar esse problema: investir na contabilidade, como explica.

“A contabilidade de custos, juntamente com a forma como são registrados os movimentos fiscais e tributários, permite encontrar alternativas de redução da carga tributária, bem como combater fraudes e maximizar os ganhos”, opina Fernando.

Dicas para ter uma boa contabilidade para indústrias

Para que a contabilidade para indústria permita que todos os benefícios e vantagens sejam obtidos, temos 2 pontos de fundamental importância: treinamento e automação de processo.

O treinamento é um diferencial importante para a obtenção de melhores resultados, mas não apenas daqueles que trabalham diretamente na contabilidade, e sim de todos os agentes da indústria.

“Cada um dos agentes tem um importante papel na geração de capital, o objetivo final da indústria, e que é registrado pela ciência da contabilidade”, indica.

Já a automação de processos contábeis adquire fundamental importância ao ponto de as informações fornecidas pela contabilidade permitirem a inovação dos modelos de negócio por meio da gestão.

“O controle perfeito da entrada dos insumos e da capacidade de produção de cada máquina e equipamento utilizado no processo de transformação da indústria faz com que o resultado obtido na prática coincida com o resultado contábil”, finaliza o economista.

Por fim, se a sua indústria tem dificuldade de cuidar das análises contábeis, a recomendação é contar com o apoio de um profissional que esteja diariamente em contato com esse tipo de medida.

4 cuidados ao solicitar crédito para indústrias

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Nos últimos dois anos, o setor industrial enfrentou uma crise de grande intensidade devido à pandemia. Para sobreviver e cumprir seus compromissos, muitas empresas usaram suas reservas. Mas a crise vai ficando para trás e é hora de buscar crédito para indústrias.

Assim, independentemente do porte ou da modalidade da indústria, o pós-crise representa o melhor momento de o setor se organizar e fazer uso de linhas de crédito específicas.

O capital obtido pode ser investido para atender a novas demandas, pagar contas, ou investir em máquinas e equipamentos. No entanto, conseguir um crédito para indústrias representa um desafio para muitos gestores.

Dessa forma, para boa parte das indústrias brasileiras, a tomada de crédito deve ser respaldada por alguns cuidados específicos que todo gestor deve tomar.

Crédito para indústrias: por que é uma necessidade?

Se você pudesse fazer uma pesquisa e perguntar para gestores de indústrias se eles precisaram de linhas de crédito para produzir, a esmagadora maioria responderá que sim, principalmente depois dos últimos dois anos.

Segundo Rodrigo Leite, professor de Finanças e Controle Gerencial do COPPEAD/UFRJ, essa necessidade das indústrias é recorrente por basicamente duas razões bastante comuns: "em primeiro lugar, capital de giro e em segundo, para ajudar o crescimento da empresa”.

A primeira tem relação com o capital de giro. Muitas das vezes a empresa tem um ciclo operacional que acaba impedindo que ela consiga operar com capital próprio. “Ela precisa, então, de um capital de giro para poder conseguir segurar o fato de que o ciclo operacional seja maior que o ciclo financeiro”, explica.

Para entender, vale conferir um exemplo: às vezes a empresa precisa pagar o fornecedor de determinada matéria-prima em 30 dias, mas demora 60 dias para vender o produto, então, precisa de capital para cobrir isso.

Em outro exemplo, muitas das vezes a empresa consegue começar com capital próprio, mas com o tempo e o crescimento, ela precisa de capital de giro para continuar nesse crescimento, seja na ampliação das dependências físicas, seja para adquirir uma nova máquina.

Dicas para obter crédito para indústrias sem falhas

Toda indústria que depende de um capital extra para cumprir com seus compromissos ou para crescer de forma sustentável pode captar financiamentos através de duas grandes opções em linhas de crédito:

  1. Empréstimos do BNDES, e especialmente FINEP, se forem empresas voltadas para inovação;
  2. Financiamento privado, através de empréstimos de bancos e financeiras. “Hoje em dia, todos os bancos oferecem linhas de créditos especiais para capital de giro, que são empréstimos com risco menor para as empresas e para os bancos”, explica Leite.

No entanto, o ato de buscar crédito para indústrias depende de alguns cuidados bastante importantes, principalmente se quem busca é uma indústria de pequeno ou médio porte.

Confira, a seguir, as principais dicas e cuidados para obter crédito para indústrias sem surpresas desagradáveis.

1. Faça um bom plano de negócios

Muito exigido para iniciar um novo negócio, o plano de negócios é também essencial para iniciar a captação de créditos para indústrias.

“Um plano de negócios bem fundamentado permite que o empresário consiga visualizar se ele vai ou não conseguir honrar com os pagamentos, se o fluxo de caixa a ser recebido vai conseguir pagar o fluxo de caixa negativo, que é chamado de cash out flow”, explica Leite.

Resumindo, o plano de negócios dará a informação para entender se as entradas de caixa vão compensar as saídas.

2. Mantenha um fluxo de caixa saudável

Um bom planejamento financeiro é a melhor arma para qualquer indústria que quer colocar a situação monetária em dia. Para tanto, é necessário controlar o fluxo de caixa, com receita e gastos.

“Em qualquer negócio, primeiro você planeja o fluxo de caixa e depois controla a empresa, garantindo que ela mantenha um fluxo saudável, seja aumentando receitas ou diminuindo despesas. Para captar crédito, a necessidade deve ser a mesma”, recomenda.

3. Identifique riscos associados à captação de crédito para indústrias

Além de servir de referência para a indústria, o plano de negócios deve ser apresentado ao investidor apontando as razões pelas quais ele deve financiar seu negócio.

Este documento deve ser claro ao mostrar que sua empresa preenche os principais fatores de risco avaliados pelas financeiras.

Além de ser apresentado para a financeira, o gestor também deve estar por dentro dos riscos que ele pode enfrentar.

“Dependendo do risco, ele pode afetar o fluxo de caixa da empresa, consequentemente vai afetar o pagamento das dívidas”, explica o professor.

4. Busque assessoria técnica especializada

Por fim, buscar uma assessoria de profissionais capacitados em gestão financeira e captação de crédito para indústrias é mais um cuidado importante.

“Uma boa assessoria contábil e financeira vai fazer com que a sua indústria prepare um bom plano de negócios e que faça uma boa gerência do fluxo de caixa. Tudo isso vai colaborar para a empresa conseguir fazer os pagamentos em dia e obter juros menores”, esclarece.

Dessa forma, em meio a um cenário desafiador, como o atualmente enfrentado, os empresários precisam estar atentos à saúde financeira da sua empresa e, quando precisar de crédito para indústrias, devem ter um fluxo de caixa atualizado e bem estudado.

Governança corporativa: o que é e como se aplica na indústria?

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ESG é um termo que vem sendo amplamente discutido dentro do ambiente corporativo. Esse é o acrônimo para Environmental, Social, (Corporate) Governance, em inglês, ou Ambiental, Social e Governança Corporativa.

Dentre estes termos, a governança corporativa adquire grande importância. Basicamente, ela se refere a um sistema pelo qual as empresas são gerenciadas e incentivadas a realizar práticas que respeitam a legislação, ética e boas práticas.

Mas, você sabe como a governança corporativa se aplica ao ambiente da indústria, especificamente à sua gestão?

No artigo de hoje, vamos mostrar como este tema se aplica às indústrias, com seus diferenciais, vantagens e conceitos mais utilizados.

O que é governança corporativa dentro do ESG

Tema cada dia mais em pauta, a ESG se refere à adoção de práticas ambientais, sociais e de governança de um negócio como meio de minimizar os riscos e impactos ambientais, gerando uma sociedade igualitária, bem como mantendo uma boa performance/conformidade de administração.

Dentro das três práticas de ESG, a governança corporativa merece destaque.

Aline Bayer e Luana Dourado Costa, representantes do Comitê de Diversidade e Equidade da Advocacia Ruy de Mello Miller, explicam que a Governança Corporativa se refere a um sistema pela qual as empresas são dirigidas, monitoradas e incentivadas a desenvolver práticas que estejam em conformidade com a legislação, ética e boas práticas.

“O objetivo da governança é alinhar os interesses da alta gestão (diretores, acionistas, sócios) com as finalidades de preservação e aperfeiçoamento dos princípios e valores da instituição, para assim, ter resultados positivos a curto, médio e longo prazo”, dizem.

Com definição semelhante, Claudia Hausner, Conselheira da Trends Innovation, explica que o papel da Governança é potencializar a construção de valor da empresa e obter crescimento e participação de mercado responsáveis.

Em outras palavras, a Governança Corporativa exige que uma instituição deva estar em “compliance” e, portanto, deve evitar condutas tidas como inadequadas, como fraudes, corrupção, vantagens desleais, entre outras.

Por tudo que proporciona, a Governança é o pilar básico da ESG.

Governança Corporativa nas indústrias: 4 princípios fundamentais

Importante destacar que todas as condutas de ESG também devem ser implementadas no mercado industrial, uma vez que elas (inclusive a governança corporativa) devem ser encontradas em toda e qualquer instituição, não importando seu ramo de atividade.

Assim, de acordo com o Código das Melhores Práticas de Governança Corporativa, as boas práticas de gestão estão baseadas em quatro princípios:

1. Transparência: deve estar presente em todas informações e condutas da empresa e não apenas naquelas determinadas por leis ou regulamentos, bem como em todos os setores - e não apenas ligados aos assuntos econômico-financeiros.

2. Equidade: o tratamento deve ser justo e isonômico de todas as partes interessadas (sócios, colaboradores, stakeholders), considerando os direitos, deveres e necessidades de cada um.

3. Accountability (prestação de contas): os agentes de governança devem, periodicamente, prestar contas de todas as suas atuações de modo claro e objetivo, e agir com responsabilidade, bem como assumir todas as consequências de suas condutas.

4. Responsabilidade corporativa: a alta gestão deve zelar pela viabilidade econômico-financeira da empresa, minimizar os riscos do negócio e aumentar as performances da empresa, tendo em vista seu modelo de negócio, em curto, médio e longo prazo.

Além destes princípios, é necessária a observância dos pilares de um programa de integridade (ou sistema de gestão), que são:

  • Comprometimento da Alta gestão;
  • Análise e gestão de riscos;
  • Código de Conduta e política de compliance;
  • Controle Interno;
  • Treinamento e comunicação;
  • Canais de Denúncia;
  • Investigação interna;
  • Due Dilligence - investigação prévia e minuciosa que avalia todas as informações, áreas e processos de uma empresa ou colaborador;
  • Auditorias e monitoramentos

Apesar dessas boas práticas, princípios e do sistema de gestão servirem como um “modelo ideal” de governança, Claudia Hausner sugere que é preciso definir um modelo que faça sentido para a empresa, de acordo com seu modelo de negócios (tipo de indústria):

“Cabe à indústria buscar a essência da Governança Corporativa que tem como propósito a construção de valor da empresa, perpetuidade, conseguir ser ágil face às pressões do mundo atual.”

Vantagens da adoção da governança corporativa no ambiente industrial

É sabido que muitas empresas do setor industrial apresentam um maior risco dentro da ordem ambiental, principalmente em comparação aos outros setores.

Diante disso, há a necessidade de mensurar a performance industrial. Para Bayer e Costa, essa performance vai além da geração de lucros. “É preciso adotar medidas que afastem o mercado industrial dessa imagem de poluidora em potencial.”

Segundo as especialistas, a criação de institutos como Compliance e ESG trouxe a necessidade de uma gestão baseada em valores (não só de capital, mas de princípios sustentáveis e sociais).

“A adoção de condutas voltadas aos aspectos sustentáveis e sociais pela indústria – decorrentes de uma boa gestão – acarreta sua valorização pelos consumidores e investidores, bem como gera reconhecimento pela Administração Pública”, indicam.

De fato, com o mundo muito mais sustentável, o mercado consumidor dá preferência às indústrias que possuem certificações ISO e práticas ESG bem estruturadas, e com resultados positivos, por exemplo.

Nesta mesma conjuntura, Hausner explica que o objetivo da Governança Corporativa é construção de valor.

“As empresas que adotam uma governança estruturada e bem pensada conseguem se posicionar melhor no mercado e ter resultados melhores, como lucratividade, potencialização de posicionamento de mercado, menos perdas devido a matrizes de riscos, crescimento do seu valor (valuation).”

Além disso, a boa governança corporativa dentro da indústria permite ganhos econômicos, como:

  • Aumenta a competitividade da indústria;
  • Atrai maiores investidores;
  • Gera maior visibilidade do mercado com a melhora da imagem e operação da empresa;
  • Garante melhor acesso a crédito e capital para investimento no próprio negócio;
  • Cria possibilidades maiores de conseguir contratos com a Administração Pública;
  • Possibilita a nítida valorização da empresa como um todo.

Nesse contexto, a implementação das práticas da Governança Corporativa, programa de integridade e práticas ESG são extremamente necessárias nas dependências de qualquer indústria.

Manutenção preditiva ajuda fábricas a economizarem recursos

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Fazer a manutenção preditiva dos equipamentos pode apoiar muito no bom funcionamento de qualquer indústria. Manter equipamentos parados e em estado de defasagem é prejudicial tanto para o lucro da empresa quanto para o processo de fabricação.

Manter a capacidade produtiva é um desafio. Segundo os indicadores de sondagem industrial da CNI, a Utilização da Capacidade Instalada (UCI) completou sete meses consecutivos de queda. Diante disso, é preciso planejar as manutenções de forma que não causem despesas desnecessárias à empresa e não mantenham os maquinários fora de uso em momentos críticos. 

Redução de tempo e custos

Com o monitoramento do maquinário é possível reduzir custos e tempo gasto com reparos, além de imprevistos causados por desgastes ou configurações erradas. Problemas que resultam em paradas de emergência. Além disso, estruturar uma rotina de manutenções auxilia a economizar orçamento com peças de reposição e suprimentos. 

Para realizar as manutenções preditivas, além da inspeção visual, é necessário trabalhar com base em dados como: temperatura, vibração, análise de óleos e termografia. Esses dados podem auxiliar num diagnóstico mais assertivo sobre as condições da máquina. Dessa forma é possível definir condições alerta para orientar a tomada de decisões. 

Com isso, pode-se, por exemplo, identificar se um equipamento está superaquecendo e agendar uma manutenção corretiva para resolver esse problema. Ao garantir as condições adequadas dos maquinários, evita-se que  a cadeia produtiva seja afetada por falhas. A velocidade, força e precisão do equipamento estarão de acordo com a demanda necessária para aquela determinada fabricação.

Essa é a chave para garantir economia de recursos como tempo e orçamento, prolongar o tempo de vida útil dos equipamentos e ter mais produtividade: monitoramento constante e embasamento de dados. Neste contexto, contar com tecnologias voltadas para gerenciamento do chão de fábrica é um grande diferencial.

Importância do inversor de frequência e soft starter na indústria

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Responsáveis por aumentar a vida útil do motor ao evitar paradas bruscas em equipamentos, tanto o inversor de frequência quanto o soft starter são dispositivos de suma importância para indústrias.

Porém, mesmo sendo amplamente utilizados e altamente necessários em motores elétricos, muitos profissionais desconhecem o funcionamento destes dispositivos, com características distintas e aplicações diferentes.

Para melhor entender a função deles, conversamos com Felipe Martins e Gustavo Batista, promotores técnicos da Reymaster Materiais Elétricos.

Continue a leitura e entenda tudo sobre o inversor de frequência e a soft starter, suas aplicações e as estratégias para dimensionar estes dispositivos.

O que é um inversor de frequência e uma soft starter?

Implementar sistemas de segurança para parada de emergência e reduzir consideravelmente a sobrecarga na partida do motor, aumentando a sua vida útil. Estes são os principais objetivos de uma indústria que investe em um inversor de frequência e/ou soft starters.

“Estes equipamentos geram significativa economia, com uma redução de até 50% no consumo de energia ao utilizar drives”, completa Batista.

Primordial em vários setores dentro de uma indústria, os inversores de frequência estão presentes em máquinas simples ou pesadas, sendo fundamentais em qualquer equipamento que gere demanda do controle de energia elétrica.

“O inversor de frequência é um dispositivo para acionamento de motores que possibilita a variação da velocidade de rotação, variação do torque do motor e ajustes de tempo de partida e de desaceleração”, explica Martins.

Mas, além do inversor de frequência, outro equipamento muito utilizado nas indústrias é a Soft Starter. “Semelhante a um drive, a soft starter é um dispositivo capaz de atenuar a corrente de pico na partida de motor. Como o próprio nome diz, promove uma partida suave. No entanto, não é possível controle de velocidade e torque”, diz Martins.

Este dispositivo é principalmente utilizado em centrífugas, ventiladores, bombas, compressores, transportadores, trituradores, misturadores, elevadores de carga, moinhos e prensas.

Como instalar e monitorar o funcionamento destes dispositivos?

Tanto o inversor de frequência quanto a soft starter devem ser instalados respeitando as informações em manuais do fabricante no que diz respeito à posição de montagem e ventilação.

Para os inversores, é preciso ter atenção às tensões de alimentação do inversor e do motor conectado a ele. “Essa atenção é importante porque os inversores trabalham com tensões fixas”, diz Martins. Pode ser utilizado para proteção dos inversores, fusíveis e seccionadoras.

Já as soft starters possuem uma faixa de tensão para conexão de motores. Deve-se, no entanto, se atentar às tensões de comando, que podem ser 110-220VCA ou 24VDC.

Além disso, as soft starters já atuam como proteção para o motor, mas há a possibilidade de utilizar Disjuntores para proteção da própria soft starter, o que representa uma segurança a mais.

Quanto ao monitoramento, ele pode ser feito de várias formas. A mais simples é o uso dos IHMs de operação (interface homem-máquina), muito comum em inversores e em soft starters mais robustas.

Também há a opção de adotar programas desenvolvidos pelas fabricantes, que permitem até mesmo a parametrização dos dispositivos e integração com sistema supervisório.

Para facilitar, o equipamento vem parametrizado de fábrica para partida imediata do motor.

E como dimensionar estes dispositivos para sua necessidade?

Outra grande dúvida de gestores de uma indústria ao escolher um inversor de frequência ou soft starter é realizar o dimensionamento destes dispositivos. Mas esse é um processo simples.

Antes de qualquer coisa, é preciso saber qual a aplicação o motor está operando. “Existem diferentes dispositivos para diferentes aplicações e isso serve tanto para Drive quanto para Soft starter”, explica Martins.

Já a corrente que irá acionar os motores deve ser especificada com base na corrente nominal do motor. A corrente do inversor de frequência e soft starter deve ser 20% maior que a corrente nominal do motor para garantir o bom funcionamento do mesmo.

Por fim, para inversores de frequência, é necessário saber o tipo de comunicação e se a aplicação exige a utilização de encoder para atualização de posição.

Dessa forma, antes de instalar estes dispositivos em seus motores, certifique-se de conhecer todas as informações e necessidades, para que assim possa escolher a melhor e mais segura opção para realizar este processo.

Locação de equipamentos industriais: vale a pena?

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Após dois anos de queda, a indústria brasileira enfim apresentou crescimento, fechando o ano de 2021 com alta de 3,9%, segundo dados divulgados pelo IBGE. Para 2022, a tendência é também de crescimento, e isso vem estimulando o mercado de locação de equipamentos industriais.

Em 2021, o mercado brasileiro de locação de máquinas para a indústria movimentou cerca de R$21 bilhões.

Para o ano de 2022, a previsão de faturamento do setor é de R$25 bilhões, devido à regressão da pandemia e à realocação de insumos para sua origem.

No entanto, não são todas as empresas que veem na locação de equipamentos industriais uma boa opção para aumentar a produtividade e captar novas demandas.

Então fica a pergunta: vale realmente alugar equipamentos industriais?

Veja quais pontos a sua indústria deve considerar para ponderar a necessidade, ou não, de alugar um equipamento industrial.

Por que optar por locação de equipamentos industriais?

Independentemente do ramo, toda indústria tem como grande propósito investir na modernização de suas máquinas e equipamentos. Porém, por vezes, estes são muito caros, demandando alto investimento.

Além da questão financeira, a indústria tem que se preocupar com a manutenção, cuidados e avaliações periódicas para o bom funcionamento de máquinas que são de sua propriedade.

Diante disso, a locação de equipamentos industriais é uma possibilidade cada vez mais adotada pelas empresas que pretendem modernizar a produção sem gastar muito com isso.

Com essa medida, diversos custos são deixados de lado e facilidades são somadas à gestão do projeto.

Vantagens da locação de equipamentos industriais

No ambiente industrial brasileiro, a locação de equipamentos vem crescendo, se tornando uma prática comum entre médias e grandes indústrias que querem produzir mais, mas não têm interesse em investir em uma nova máquina ou equipamento.

São várias as vantagens da locação:

  • Grande variedade de máquinas e equipamentos disponíveis para locação;
  • Menor investimento exigido, já que o investimento em locação é muito menor que a compra de um equipamento;
  • Gastos com manutenção são eliminados, já que este procedimento fica por conta da empresa locadora. E se houver falha no equipamento, basta acioná-la para efetuar a troca;
  • Diminuição de gastos com armazenamento. A locação de equipamentos industriais elimina o acúmulo de materiais ociosos;
  • Aumento da produtividade em alguns períodos pontuais com a locação de equipamentos industriais. Quando eles não forem mais precisos, basta entregá-los ao locador.

Sendo assim, principalmente diante do momento enfrentado pelo setor industrial, a locação se configura como uma excelente estratégia, mas alguns cuidados precisam ser considerados para o sucesso dessa empreitada, como veremos a seguir.

O que considerar ao alugar equipamentos industriais?

Para que a sua indústria tenha a certeza de que a locação é um bom negócio quando comparada à compra, vale a pena considerar e avaliar alguns pontos.

Dessa forma, sua empresa consegue ampliar a estrutura da produção desejada e o aluguel se ajusta à realidade do negócio. Veja:

Qual será o custo-benefício?

Para chegar a um resultado mais efetivo, você deve comparar todos os custos que sua empresa teria com a compra e quanto o aluguel vai custar. Possivelmente, o aluguel será a melhor solução;

Qual é a depreciação do equipamento?

Empresas cujas atividades oferecem alto risco de perda, estrago ou dano da máquina têm no aluguel uma excelente opção, principalmente por não sofrer com a depreciação e a baixa vida útil do equipamento;

Há necessidade de treinamento para uso da máquina?

Optando pelo aluguel, naturalmente sua indústria terá um acompanhamento especializado da empresa que oferece a máquina/equipamento.

Assim, na locação, a montagem, manutenção e treinamento de equipes é feita por especialistas. Ou seja, há maior segurança com a contratação dos equipamentos;

Manutenção das máquinas: Quem irá realizar?

Toda máquina industrial depende das revisões e manutenções periódicas. No caso do aluguel, estes processos serão realizados pela locadora, reduzindo problemas de máquinas que estão parando a produção por conta de alguma quebra.

Como vimos, ao considerar todos estes pontos, entende-se que a locação de máquinas industriais se configura como uma ótima estratégia para aumentar a produção, sem ter que gastar muito mais com isso.

Mas vale o alerta: para não errar, busque os serviços de uma empresa de aluguel de equipamentos industriais que possuam credibilidade na área e com as melhores máquinas do mercado, assim como suporte das mesmas.

A digitalização das fábricas e a eficiência energética

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De modo geral, não seria nenhum exagero afirmar que a tecnologia representa o próximo passo para organizações fabris, especialmente se considerarmos a necessidade de se repensar hábitos produtivos, em prol de um futuro mais sustentável. Seguindo essa linha de pensamento, o processo de adesão a novas tecnologias converge com a introdução de métodos voltados para a responsabilidade socioambiental da empresa, contando com o apoio funcional, disruptivo e alinhado com os dias atuais. 

É nesse ponto que o conceito de eficiência energética deve ser colocado em pauta, como um objetivo compartilhado por companhias dos mais diversos portes e segmentos. Em resumo, trata-se da adoção de medidas que aprimorem a utilização de fontes energéticas, buscando minimizar o uso de energia e construir uma relação saudável com o meio ambiente. Ao firmar esse vínculo, o gestor abre portas para uma série de benefícios que afetarão positivamente a realidade do negócio, deixando um passado de gastos desnecessários para trás. 

A demanda existe, isso é fato. E para produzir a mesma quantidade gastando menos recursos é fundamental ter o suporte de soluções inovadoras, que ofereçam um olhar estratégico e analítico sobre o tema.

Tecnologia facilita transição operacional em fábricas

Olhando para o presente e também o futuro, a tendência é de que normas regulatórias continuem a surgir, no sentido de estimular um cenário de conformidade entre o quadro empresarial em sua totalidade. Com isso, pautas ambientais deverão ser prioridade para fábricas brasileiras, acompanhando, inclusive, exigências globais, dada à magnitude do assunto e sua relevância. Não basta divulgar que iniciativas estão sendo realizadas, é preciso demonstrar em termos práticos, com resultados se convertam em uma gestão modernizada. 

Frente à digitalização, os líderes têm a favor um leque extenso de possibilidades a serem absorvidas internamente, a fim de proporcionar ações de sustentabilidade por toda a cadeia de valor. Aqui, evidencia-se a importância de ir além de contribuições técnicas, a exemplo da automatização de etapas manuais, que pode ser conquistada com um ERP robusto, desenvolvido especialmente para o setor industrial, e reconhecido pelo mercado.  

Como citado anteriormente, a tecnologia não se limita à melhoria processual, pois engloba um conjunto de ferramentas com impacto organizacional. Isto é, se conduzida com a expertise ideal, pode assegurar uma transição sem maiores obstáculos ou gargalos prejudiciais, em prol de procedimentos compatíveis com os níveis energéticos estipulados. 

Processos otimizados e sustentáveis: um futuro que já começou

O dinamismo é um elemento crucial para o dia a dia fabril. Na busca por altos índices de produtividade, o avanço tecnológico é um caminho praticamente inadiável. Afinal, ser competitivo é o que faz a diferença para se destacar em um mercado cada vez mais exigente. Entretanto, com a implementação de dispositivos inteligentes, que coloquem os dados à disposição dos profissionais para uma análise assertiva sobre o que está ou não funcionando no âmbito operacional, um fator não precisará anular o outro: é possível ser competitivo e, ao mesmo tempo, contribuir para uma infraestrutura sustentável.

Encerrando o artigo, destaco que a eficiência energética está ao alcance de todos nós. Seja com o auxílio de fontes eólicas, solares, hídricas, entre outras alternativas factíveis, o grande segredo está na postura adotada pela organização em questão. Para o segmento fabril, como um polo econômico e produtivo de extremo valor para o país, introduzir mudanças que resguardem o meio ambiente é um compromisso inegociável. E a tecnologia, se aplicada de forma otimizada, pode e deve facilitar o processo.

Indústrias e o ecossistema de inovação: qual a importância da relação?

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Na biologia, um ecossistema significa um conjunto de comunidades que colaboram entre si para a sobrevivência de todos. Este conceito vem sendo adaptado para o mundo corporativo, resultando no ecossistema de inovação, responsável por criar um ambiente colaborativo e inovador.

Neste ambiente, todos trabalham juntos e compartilham metas e resultados em comum, proporcionando uma intensa troca de experiências.

Exatamente por isso, pequenas, médias e grandes indústrias já perceberam há algum tempo que ambientes colaborativos estimulam a conquista de melhores resultados.

Elas se unem a um ecossistema de inovação com o objetivo de favorecer novas e multidisciplinares interações.

Mas o que é um ecossistema de inovação?

Para entendermos o que é um ecossistema de inovação, basta fazer uma analogia com a definição de ecossistema dentro da biologia. Na biologia, essa palavra faz referência a um conjunto de comunidades que, aliadas a fatores externos, interagem para a sobrevivência mútua.

O mesmo ocorre no ambiente da inovação. Nele, empresas de tecnologia, universidades, fundações, governo e sociedade se unem para fomentar a inovação, e uma colabora com a outra.

Nesta conjuntura, Eduardo Linzmayer, Professor do Centro Universitário do Instituto Mauá de Tecnologia (IMT), explica que o ecossistema de inovação dentro das indústrias tem crescido nos últimos anos:

“O ecossistema industrial consiste de uma comunidade de empresas localizadas em uma determinada região que interagem trocando e utilizando resíduos materiais e energéticos, bem como matérias-primas e insumos, visando otimizar seus usos e minimizar os impactos de degradação ambiental.”

Com base nessas comunidades, os ecossistemas industriais oferecem oportunidades de investimentos e de novos empregos, em consonância com as necessidades de conservação do capital natural.

“O ecossistema de inovação vem se integrando à indústria e gerando novas alternativas disruptivas e, principalmente ligadas à economia verde e circular e aplicadas aos clusters industriais”, salienta Linzmayer.

Pilares de um eficiente ecossistema de inovação

Alguns ingredientes são essenciais para que um ecossistema de inovação seja desenvolvido e funcione a todo vapor, levando benefícios para indústrias.

Utilizando como referência o professor indiano de inovação, Soumitra Dutta, da Universidade Americana de Cornell, são cinco os pilares que todo ecossistema de inovação deve ter:

Pilar 1 – Educação

A educação deve ocorrer de forma integrada às Ciências, Tecnologias, Humanidades, Engenharias e Matemática. Esta sigla em inglês é representada por STHEM.

“O Instituto Mauá de Tecnologia mediante seu Centro Universitário atua de forma intensa e participativa no Consórcio STHEM Brasil de IES Brasileiras de LASPAU”, complementa Linzmayer.

Pilar 2 - Instituições e Políticas Públicas

Visam fomentar a operacionalização e manutenção de instituições e políticas públicas que facilitem e organizem a inovação em nível nacional.

Nas políticas públicas, destaca-se a importância de programas de aporte financeiro para Pesquisa e Desenvolvimento (P&D), juntamente com as indústrias e instituições de ensino e pesquisa.

Pilar 3 - Pequenas e Micro Empresas.

A atuação dos empreendedores ligados às Pequenas e Micro Empresas (PME) e Indústrias (PMI) é considerada a base para a formação do ecossistema da inovação do País.

Pilar 4 - Conexões Facilitadas

As conexões entre todos os stakeholders envolvidos no ecossistema de inovação devem ser fluidas, orgânicas e ligar todos os elos.

“O uso de plataformas integradoras entre as indústrias, universidades e órgãos de fomento de P&D aproximam estes agentes e agilizam as trocas de experiências e aplicações de soluções inovadoras”, opina Linzmayer.

Pilar 5 - Profissionais de Referência

Envolve a realização de Benchmarking e troca de experiências mediante apresentações, palestras e minicursos de curta duração com profissionais e personalidades de destaque nos assuntos de inovação aplicada.

Programas de inovação são essenciais para a difusão de soluções na indústria

A principal finalidade de um ecossistema de inovação é servir como um espaço para manifestação de novos talentos, promoção da capacitação técnica e trocas sobre ideias de negócios.

Além disso, os programas de inovação são caracterizados por envolver todas as pessoas do ambiente interno e externo das indústrias.

“O ecossistema de inovação envolve colaboradores dos níveis gerenciais e operacionais, fornecedores de matérias-primas, insumos, máquinas e equipamentos. Envolvem também consultores especialistas e representantes técnicos e comerciais e respectivos clientes”, explica.

Mas, além da integração de todos stakeholders envolvidos na cadeia produtiva, o ecossistema de inovação é fundamental para encontrar soluções voltadas às melhorias tecnológicas e na resolução de problemas industriais.

“No caso das micro, pequenas e médias indústrias, os ecossistemas de inovação são fundamentais para que o empresário tenha acesso às novas tecnologias, processos e novas formas de solução de seus problemas. Isso é quase impossível se ele caminha sozinho”, complementa o professor do IMT.

Neste contexto, o IMT tem cases de sucesso da relação entre um ecossistema de inovação e o ambiente industrial:

Dessa forma, o fato de empresas, centros de pesquisa e universidades caminharem juntos fortalece a atuação individual e coletiva, com visibilidade e acesso facilitado a recursos necessários para isso.

Quer saber mais? Então veja como se dá a inovação na indústria e seus principais desafios neste conteúdo exclusivo.

Inglês instrumental para indústria: por que é tão importante?

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Não é novidade que a presença de maquinários importados no Brasil é recorrente, e nem que o idioma universal (principalmente nas indústrias) é o inglês. Por isso, o uso do inglês instrumental e técnico adquire grande importância no ambiente da indústria.

O inglês instrumental representa uma metodologia que direciona os estudos da língua inglesa para um objetivo profissional específico. Assim, ele funciona como uma ferramenta de conversão de inúmeros termos de seus idiomas nativos para um “código universal”.

Para entender melhor sobre o inglês instrumental no ambiente industrial, conversamos com Christian Dihlmann, editor da Revista Ferramental e um dos criadores de um app móvel e específico que apresenta os termos técnicos utilizados nos segmentos industriais, conhecido como Toolphin® Glossário.

Inglês Instrumental para indústrias: Ferramenta de conversão de termos mundiais

O inglês instrumental é uma necessidade cada vez mais recorrente em fábricas e indústrias de todo o mundo. Este termo pode ser considerado como a ferramenta de conversão de inúmeros e diferentes termos de seus idiomas nativos para um “código universal”, que geralmente se apresenta na língua inglesa.

“Essa ferramenta permite realizar a unificação do entendimento sobre temas específicos, viabilizando uma comunicação técnica nivelada e assertiva e simplificando complexos sistemas de tradução com altos potenciais de falhas de interpretação”, explica Dihlmann.

A modo de curiosidade, o inglês instrumental unifica muitos termos no ambiente da indústria, tais como:

· “Crash test” - teste de impacto;

· “Crowdsourcing” - forma de conseguir serviços/ajuda de forma colaborativa para geração de conteúdos, solução de problemas, desenvolvimento de novas tecnologias, geração de fluxo de informação e afins;

· “Default” - constitui modelo, padrão;

· “design” - processo técnico e criativo relacionado à configuração, concepção, elaboração e especificação de um artefato;

· “Die Casting” - processo de fundição de metal;

· “EBITDA” do inglês “Earnings Before Interest, Taxes, Depreciation and Amortization” - significa “Lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização”;

· “Feedback” - significa retroalimentação, retorno da informação;

· “Lean Manufacturing” do inglês lean = magro e manufacturing = manufatura. Traduzível como manufatura enxuta;

· Purchase order - Ordem de compra, pedido de compra;

· Master plan - Plano mestre de produção, entre muitos outros termos técnicos.

Mas afinal, por que o inglês instrumental é tão importante?

Vimos que há uma infinidade de termos técnicos relacionados à indústria e que se fazem presentes no inglês instrumental, mas por que o conhecimento deles torna-se tão importante?

A globalização trouxe consigo, necessariamente, uma maior conectividade entre os diversos atores do ecossistema produtivo.

“Esta conectividade transborda o âmbito comercial e relacional, aparecendo intensamente na área produtiva com diversas palavras, termos, definições, normatizações, conceitos e símbolos que dependem de um correto entendimento”, diz.

Diante disso, uma comunicação clara, objetiva e inconfundível para compreensão do verdadeiro sentido de cada um destes vocábulos torna-se essencial.

Dessa forma, a importância da comunicação “certeira” é grande dentro do ambiente da indústria, uma vez que a cadeia global de fornecimento disponibiliza componentes de diversos países para a montagem de conjuntos ou de produtos acabados.

Assim, para “congregar” esse verdadeiro quebra-cabeças de componentes, é importante reforçar a necessidade de compreender termos específicos do inglês técnico de cada produto - e o inglês instrumental permitirá isso.

“O inglês instrumental representa um código único e mundialmente conhecido, com seu uso evitando qualquer “falha de comunicação” capaz de gerar prejuízos incalculáveis à indústria”, completa o especialista.

Aplicativo Toolphin®: Glossário mundial de termos técnicos em inglês

Um dos melhores aplicativos móveis com termos técnicos em inglês relacionados ao ambiente da indústria é o Toolphin® Glossário, criado pela equipe de Christian Dihlmann.

Mas como surgiu a ideia do App?

Atualmente, o Brasil importa mais de 50% dos ferramentais demandados nas fábricas do país e essa era uma questão que dependia de uma melhor solução.

“Estes ferramentais, quando internados no Brasil, trazem componentes diversos que são fabricados ou comprados nos países de origem. A relação de componentes que acompanha estes ferramentais vem, normalmente, no idioma do país de fabricação.”

Partindo dessa necessidade, foi desenvolvido o app móvel Toolphin Glossary que tem as seguintes motivações:

a) Necessidade constante de tradução de termos do inglês técnico para o português. “Geralmente essa tradução consome um tempo considerável dos técnicos nas empresas brasileiras utilizando-se de pesados dicionários, quando estes se fazem disponíveis”, indica Dihlmann;

b) Dificuldade em encontrar literatura especializada para o universo das ferramentarias na maioria dos idiomas torna a tarefa ainda mais dolorosa e onerosa;

c) Identificação da necessidade intensiva de formação de profissionais aliada aos modernos conceitos de micro aprendizagem e gamificação direcionam para soluções práticas, rápidas e financeiramente adequadas ao mercado.

Diante dessas motivações, o aplicativo móvel Toolphin® Glossário tem todas as características para ser um importante aliado da indústria nacional.

Ele representa um compêndio de termos técnicos utilizados nos segmentos de ferramentaria, polímeros, conformação, usinagem, fundição, metalurgia, materiais, qualidade assegurada, desenvolvimento de produtos, relações comerciais e Indústria 4.0, tudo em prol dos profissionais da indústria.

“Com mais de 15 anos de experiência intensa e próxima de nossos usuários e clientes, entregamos mais essa poderosa ferramenta, contribuindo com o desenvolvimento da indústria metalomecânica mundial”, finaliza Christian Dihlmann.