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Manufatura aditiva na prática

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Os interessados em manufatura aditiva, suas vantagens e aplicações podem assistir a um conteúdo rico em informações na Indústria Xperience.

Por ora, temos aqui uma prévia da apresentação de Maysa Terada, Engenheira e Pesquisadora do SENAI, no Parque de Ideias da EXPOMAFE 2023 - Feira Internacional de Máquinas-Ferramenta e Automação Industrial.

A pesquisadora explicou ao público o funcionamento da manufatura aditiva, que nada mais é do que a criação de uma peça a partir de um modelo virtual e por meio de uma impressão em camadas. São usados materiais como filamentos de polímeros ou metais, por exemplo.

Primeiramente, é criado um arquivo em 3D da respectiva peça a ser impressa. Em seguida, acontece o fatiamento da peça no software e, depois, a deposição de material camada a camada.

“Em suma, na manufatura aditiva faz-se uma programação para que uma máquina faça a impressão 3D”, explicou Maysa.

Acompanhe os diferenciais nos tópicos a seguir e encontre o link para a palestra completa ao final do texto.

Vantagens da manufatura aditiva

A manufatura aditiva oferece uma considerável liberdade para o desenvolvimento do design de uma peça.

Além disso, permite a produção de peças complexas que, muitas vezes, não podem ser fabricadas por processos convencionais. O sistema também é capaz de utilizar uma grande variedade de materiais, o que proporciona diversas possibilidades de fabricação.

Outras vantagens incluem:

  • Produção de pequenas quantidades de peças. Diferentemente de muitos processos que só trabalham em larga escala;
  • Redução de resíduos;
  • Customização;
  • Retorno mais rápido.

Segundo a engenheira, “os custos da manufatura aditiva aumentam com o volume da peça e não a sua complexidade”.

Desvantagens

Embora a manufatura aditiva seja extremamente vantajosa para a indústria, ela também apresenta algumas desvantagens. Entre elas, o alto investimento e o custo com a manutenção. Maysa ainda pontuou três gargalos:

  • A impressão da peça pode ser demorada – muitas horas e até dias;
  • O valor da matéria-prima pode ser alto;
  • O pós-processamento também pode ser complicado.

Impressão 3D: etapas da manufatura aditiva

A cadeia de processamento da manufatura aditiva ocorre em três etapas: pré-processamento, processo e pós-processamento.

No primeiro estágio (pré-processamento) é desenvolvido o modelo no software CAD, ao passo em que acontece também a preparação de suportes e o fatiamento. Em seguida, a máquina é preparada e inicia-se o processo de construção.

A segunda etapa, por sua vez, é a mais sucinta. Acontece o processo de manufatura em si – a impressão.

Já o pós-processamento traz a remoção da base da máquina e a limpeza. Então, a peça é separada da base de construção e as estruturas de suporte são removidas. Por fim, acontecem o tratamento térmico, o processo de usinagem e o acabamento da peça.

Durante as três etapas, a manufatura aditiva prova ser mais limpa, pois gera menos cavacos, proporciona um melhor acabamento e exige menos uso de ferramenta de desbaste.

“Temos um fluxo de trabalho digital simplificado e a possibilidade de grandes alterações no projeto com pouco tempo de CAM”. Conforme detalhou Maysa, um grande benefício da manufatura aditiva está justamente no controle.

“Se a gente perceber algum problema pode cancelar a impressão ou parar e modificar o programa.”

Existe ainda um monitoramento em tempo real do processo para melhorar a segurança e a repetibilidade. Também, o fluxo de trabalho digital, em que toda preparação de arquivos pode ser atualizada e simulada diversas vezes.

Métodos mais usados para impressão 3D

“90% do mercado é de peças feitas por matéria aditiva polimérica”, frisou Maysa durante a apresentação. Ela explicou que na Modelagem de Deposição Fundida (FDM) são utilizados filamentos de polímeros.

Enquanto isso, na Estereolitografia (SLA), resinas líquidas são solidificadas com luz ultravioleta. Já a Sinterização Seletiva a Laser (SLS) utiliza materiais granulados de cerâmicas, plásticos e metais.

Confira mais sobre a manufatura aditiva na palestra exclusiva Indústria Xperience!

Tecnologia de automação e sensores com Internet das Coisas (IoT)

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A Internet das Coisas (IoT) é um conceito que se refere à interconexão digital de objetos, ferramentas e equipamentos do cotidiano com a Internet. Até aqui, nenhuma novidade.

No entanto, ela alcança várias frentes na indústria, sendo vista como uma maneira segura de executar os trabalhos.

“Quanto menos custos tiver com a manutenção, melhor será o desempenho e o custo do produto final fornecido por uma indústria”, explicou Renan Batista, Especialista em Tecnologia no Senai-SP, em sua palestra no Parque de Ideias da EXPOMAFE 2023 - Feira Internacional de Máquinas-Ferramenta e Automação Industrial.

Segundo o especialista, a IoT é viável porque existe uma combinação de tecnologias.

São elas: sensores de baixo custo, processadores de baixo consumo de energia, Cloud escalar, conectividade, orquestração e análise de dados.

Internet das Coisas (Internet of Things – IoT): definição

Conforme ressaltou Renan, a IoT é definida com a palavra “ubiquidade”. Trata-se de um adjetivo vindo do latim que, em português, significa estar em toda parte ao mesmo tempo.

“Ubiquidade neste sentido é uma rede de dados e tecnologias de comunicação sendo disseminadas por toda parte”. É fundamental que as indústrias aproveitem a respectiva oportunidade para adquirir diversos benefícios ante ao mercado.

Entre eles, a transformação digital (manutenção preditiva e monitoramento e controle de processos) e novos modelos de negócios (monitoramento e controle remoto, análise de dados e sistemas de predição).

“A IoT industrial nada mais é do que uma extensão da IoT voltada para a indústria do futuro”, pontua o representante do Senai-SP. Essa informação, segundo ele, é pautada na comunicação entre máquinas, no Big Data e em outros recursos inovadores.

“Além disso, diversas plataformas e softwares fazem análises avançadas dos dados produzidos e coletados durante os processos produtivos.”

O funcionamento da IoT na indústria é baseada em três tecnologias:

Sensores inteligentes

Eles dão aos objetos e máquinas a capacidade de percepção e geração de dados importantes.

Industrial Analytics

Transformam os dados em informações e ações essenciais.

Máquinas inteligentes (Smart machines)

Atuam de forma autônoma com base na resposta da análise de dados.

Onde a IoT pode ser implementada?

A IoT proporciona diversas oportunidades de conexão às indústrias. De acordo com Renan, é possível contar com diversos equipamentos e softwares que trarão impactos relevantes ao cotidiano da empresa.

A sugestão do especialista, neste caso, é: “mapeie os processos e identifique os desafios e gargalos”.

Ainda conforme Renan, o objetivo é “fazer mais por menos”. Ou seja, minimizar e eliminar desperdícios, obter melhorias contínuas, ter compromisso com a qualidade da produção e produzir just in time.

IoT na produção

O principal destaque do uso da IoT na produção é o fato de que máquinas e sensores podem atuar conectados reportando a performance da linha em tempo real. Ainda, auxilia na tomada de decisões e no controle da produção.

Montagem assistida

Com relação ao processo de montagem, a IoT dispõe de dispositivos e ferramentas integrados a processos, de modo a enviar informações para o controle da manufatura. Entre as vantagens estão: eliminação de falhas, controle e rastreabilidade.

Manutenção preditiva

As novas ferramentas da IoT, como a própria automação e os sensores, trouxeram novas frentes e sistemas para tornar a análise e as ações em campo mais rápidas e assertivas.

Logística

Rastreabilidade e controle são alguns dos benefícios da IoT no setor de logística da indústria. Diversas melhorias ganham destaque, entre as quais mitigação de falha humana, redução de perdas e custos operacionais, velocidade e controle.

Além disso, a logística pode contar com soluções integradas para o controle do estoque por meio de um sistema digital de cadeia de ajuda e Kanban digital.

“É um quadro de sinalização que controla os fluxos de produção ou transporte na indústria”, explicou o palestrante.

Para finalizar, ele ressaltou: “a IoT na indústria é mais um passo de transformação digital. Utilizar dispositivos e sistemas conectados entre si é prezar pela coleta de dados em tempo real. Uma boa análise pode levar o gestor industrial a tomadas de decisão mais fundamentadas”.

Assista à palestra completa na Indústria Xperience!

Guia do LinkedIn para indústrias

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Criada em 2002, nos Estados Unidos, o LinkedIn está presente em mais de 200 países, com quase 850 milhões de usuários registrados.

Destes, 3 milhões são empresas que fazem dessa ferramenta uma estratégia de marketing capaz de ajudar a alavancar o negócio, independentemente do segmento empresarial.

Assim, para a sua indústria, essa rede social pode ser um excelente caminho para que ela possa melhorar seu relacionamento com clientes e fornecedores, com outros profissionais do setor, estar atenta a oportunidades e impulsionar vendas.

Para entender melhor sobre a importância do LinkedIn para sua indústria, elaboramos este e-book.

Nele você irá entender quais são os benefícios e como ter melhores resultados no uso dessa rede social. 

Guia do LinkedIn para indústrias: tudo sobre a rede social profissional

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Vendas de carros elétricos crescem e podem chegar a 150 mil veículos em 2024

Vendas de carros elétricos crescem e podem chegar a 150 mil veículos em 2024.png

Na esteira do avanço dos eletrificados, o mercado de carros elétricos (BEV) continua surpreendendo no Brasil, com recordes consecutivos de vendas.

Durante todo o ano de 2023, as vendas atingiram um patamar recorde de quase 94 mil unidades, segundo a Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE).

Segundo a ABVE, os resultados de 2023 indicam uma transformação no mercado de veículos eletrificados no Brasil, impulsionada pelos veículos plug-in (com recarga externa das baterias), que representaram 56% das vendas no ano.

Para 2024, as vendas devem passar de 150 mil unidades, prevê a ABVE.

O presidente da entidade, Ricardo Bastos, projeta um aumento de 60% nos emplacamentos sobre os já excelentes números de 2023, batendo todos os recordes da série histórica da ABVE e superando as previsões mais otimistas. 

Carros elétricos estão caindo no gosto do brasileiro

Não há como contestar, a presença de carros elétricos nas ruas brasileiras é mais comum a cada dia. Estes veículos estão caindo no gosto das pessoas que apreciam tecnologia, estão preocupadas com o meio ambiente e comemoram o baixo preço. Já é possível encontrar modelos em torno de 150 mil reais.

O veículo elétrico já caiu no gosto do consumidor brasileiro, e essa tendência se confirma ano após ano”, disse Bastos que reforça: “Continuaremos a crescer em 2024”. 

Em sua avaliação, o mercado de eletrificados seguirá num ritmo intenso mesmo com o aumento do Imposto de Importação de veículos elétricos e híbridos anunciado pelo governo federal a partir de janeiro. 

Para o futuro próximo, a expectativa é que os carros eletrificados continuem caindo no gosto popular, tanto pela estratégia das montadoras, que estão pendendo para a eletrificação total de suas frotas, quanto pela própria eficiência deste tipo de propulsor, que vem se mostrando competitivo e muito econômico.

Vendas de veículos plug-in (PHEV) se destacam

Segundo a ABVE, o comprador continuará a dar preferência aos veículos plug-in (com recarga externa das baterias), que são mais econômicos e têm maior eficiência energética. 

Acredito que em 2024 o mercado seguirá a mesma evolução do final ano passado, optando por tecnologias de zero ou baixa emissão, com um mix em torno de dois terços de veículos plug-in (PHEV e BEV) e um terço de híbridos convencionais (HEV)”, salienta Ricardo Bastos.

Essa tendência já tinha ficado clara nos números de 2023 e deve se consolidar em 2024.

Segundo a ABVE Data, os veículos plug-in representaram 56% das vendas de eletrificados leves em 2023, com 52.359 unidades, superando os HEV a gasolina e HEV flex (41.568), que até 2022 dominavam o mercado. 

Já em dezembro, os plug-in atingiram nada menos do que 70% das vendas totais de eletrificados (11.371, de um total de 16.279). 

Programas governamentais podem impulsionar os veículos elétricos 

Com a popularização dos carros elétricos no Brasil, os governos federal, estadual e municipal estão se movimentando e buscando incentivos à eletrificação. 

Neste contexto, Bastos acredita que o Programa Mover - Mobilidade Verde e Inovação, anunciado pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) no final de dezembro, contribuirá para dar um sólido horizonte de crescimento ao mercado de eletrificados e aos investidores. 

Minha avaliação é que teremos boas surpresas a partir deste ano, com mais empresas anunciando planos firmes de produção de veículos elétricos no Brasil, atraídas pelos incentivos à eletromobilidade previstos no Mover” - disse. 

Diante disso, Bastos segue otimista. “A eletromobilidade já é um fenômeno irreversível também no Brasil”.

Há ainda outras medidas governamentais importantes. Elas funcionam como incentivos diretos ao consumidor e estão sendo concedidos pelos governos estaduais, especialmente com alíquotas diferenciadas de IPVA e ICMS. 

Tais medidas podem estimular os negócios ligados à eletrificação e, consequentemente, as economias dos Estados.

A eletromobilidade terá um efeito muito positivo para toda a indústria brasileira, gerando empregos, alocando novos investimentos e trazendo tecnologia inovadora para o país”, concluiu o presidente da ABVE. 

Desafios a serem superados

Apesar dos ótimos resultados e excelentes perspectivas, a maior difusão dos carros elétricos no Brasil ainda enfrenta alguns desafios, principalmente a falta de infraestrutura de recarga. 

Ainda que grandes centros urbanos, como Rio de Janeiro, São Paulo e Curitiba, possam construir pontos de carregamento, o cenário torna-se mais desafiador quando se fala de estradas, sobretudo quando se considera a extensão territorial e a precariedade da infraestrutura já existente.

Dessa forma, a expansão e a padronização das estações de recarga são essenciais para oferecer conveniência e acessibilidade dos carros elétricos, eliminando a chamada “ansiedade da autonomia”. 

Esse sentimento está relacionado ao medo de que a bateria de carros elétricos seja insuficiente para cumprir um determinado percurso.

Mas, com o avanço da tecnologia e a popularização do carro elétrico, naturalmente os investimentos em infraestrutura de recarga vão crescer.

O crescimento da demanda dos elétricos vai exigir a adaptação da indústria automotiva nacional, entenda o cenário.